Milho: USDA projeta aumento na produção global e mercado termina semana em queda

Publicado em 09/05/2014 17:15

Nesta sexta-feira (9), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão do lado negativo da tabela. Após as altas durante essa semana, as cotações encerraram o dia em queda entre 8,25 e 12,75 pontos nas principais posições. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 5,07 por bushel. 

O mercado foi pressionado negativamente pelos números do relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (9). O órgão reportou um aumento expressivo na produção mundial do cereal, que passou de 973,9 milhões de toneladas para 979,02 milhões de toneladas.

Os estoques globais também foram revisados para cima e passaram de 158 milhões de toneladas para 168,42 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era que o número ficasse próximo de 157,8 milhões de toneladas. 

A produção de milho do Brasil foi projetada em 75 milhões de toneladas, contra 72 milhões de toneladas reportadas em abril. A expectativa dos investidores era de uma projeção de 72,2 milhões de toneladas, mas o número ficou próximo da estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 75,2 milhões de toneladas divulgada nesta quinta-feira (8).

Já para a safra nova, o departamento norte-americano anunciou um leve crescimento na produção do país para 353,9 milhões de toneladas e a produtividade deve ser maior e totalizar 187,45 sacas por hectare. Apesar desse cenário, a área cultivada e colhida registrou uma redução, para 37,1 e 34,1 milhões de hectares, respectivamente. 

Para o Brasil, a safra foi estimada em 74 milhões de toneladas e a da Argentina em 26 milhões de toneladas. A China deverá colher cerca de 220 milhões de toneladas na safra 2014/15, contra 217,7 milhões de toneladas da safra 2013/14. A produção global foi estimada em 979,08 milhões de toneladas, enquanto que os estoques foram estimados em 181,73 milhões de toneladas.

De acordo com o analista de mercado da FCStone, Giovani Damiano, no curto prazo, as cotações ainda têm espaço para apresentar uma nova valorização. Já para a safra nova, os números são baixistas, com o aumento na produção e nos estoques. "Ainda assim, como na soja, é preciso acompanhar a evolução do plantio nos EUA e o desenvolvimento das plantas", acredita.

 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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