Milho: Diante da evolução do plantio norte-americano, mercado encerra em queda pelo 2º dia consecutivo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho terminaram o pregão desta quinta-feira (15) em queda. Ao longo dos negócios, os preços futuros ampliaram as perdas e fecharam a sessão com baixas entre 8,50 e 11,25 por bushel O contrato julho/14 era negociado a US$ 4,84 por bushel.
O avanço significativo no plantio do cereal norte-americano permanece sendo o principal fator de pressão negativa sobre os preços em Chicago. De acordo com informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a semeadura do grão evoluiu de 29% para 59% até o dia 11 de maio.
Para o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari, afirma que no Meio-Oeste do país o clima ainda é adverso, com temperaturas baixas para essa época do ano. "Em estados como Dakota, Minnesota, Michigan, parte Norte do Corn Belt, são regiões que ainda estão com o plantio atrasado, situação que deve se prolongar até o próximo relatório. E já há comentários de que nessas localidades alguns produtores poderiam estar convertendo área de milho para soja", diz.
Na visão do consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, o contrato julho alcançou um patamar de suporte importante na sessão de hoje, de US$ 4,85 por bushel. "E o vencimento pode buscar o nível de US$ 4,50 por bushel", afirma.
Outro fator que também deu o tom negativo aos preços em Chicago foram os números de exportações semanais, divulgadas pelo departamento norte-americano. Até o dia 8 de maio, as vendas da safra 2013/14 totalizaram 343 mil toneladas, contra 161,3 mil toneladas. Apesar do aumento, o percentual é 39% menor do que a média das últimas quatro semanas. Para a safra nova, as vendas recuaram de 121,1 mil toneladas para 47,3 mil toneladas.