Milho: Mercado permanece sustentado frente às previsões de chuvas nos EUA

Publicado em 23/05/2014 13:28

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho trabalham com leves ganhos nesta sexta-feira (23). E, por volta das 12h45 (horário de Brasília), os preços futuros do cereal registravam ligeiras altas entre 1,25 e 2,50 pontos. O contrato julho/14 era cotado a US$ 4,78 por bushel. Durante essa semana, o contrato alcançou o menor patamar desde 4 de março, de US$ 4,72 por bushel. 

Após as perdas apresentadas durante os últimos pregões, as cotações futuras encontram suporte nas notícias de chuvas para as áreas de produção de milho nos EUA. O mercado permanece suscetível às informações de clima no país, situação que deve ganhar mais destaque em julho, quando as lavouras norte-americanas estarão em fase de polinização. 

Por enquanto, a expectativa dos participantes do mercado, é que previsão de chuvas, se confirmada, poderá comprometer a finalização do plantio do cereal no país. E apesar da redução na área cultivada nesta safra, a expectativa é que o país colha uma safra de 353,9 milhões de toneladas, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). E caso o clima seja favorável ao desenvolvimento das plantas.

Até o último dia 19 de maio, a semeadura do grão estava completa em 73% da área estimada para a safra 2014/15. O número está próximo da média dos últimos cinco anos, de 76%.

Além disso, a demanda firme pelo produto norte-americano ajudar a dar o tom positivo aos preços. Nesta quinta-feira, as vendas para exportação de milho dos EUA referente à safra velha foram reportadas em 507,90 mil toneladas até o dia 15 de maio. Volume maior do que divulgado na semana anterior, de 343 mil toneladas. E segundo analistas, a expectativa é que a demanda continue firme até o final do ano.

Mercado interno

Frente à proximidade da colheita da safrinha e o aumento da oferta da colheita da safra de verão, os preços do milho estão mais baixos no mercado interno. Consequentemente, as vendas também estão mais lentas, já que os produtores estão capitalizados e aguardam cotações melhores.

E na outra ponta da cadeia os compradores estão adquirindo o produto de forma pontual, pois acreditam em preços ainda mais baixos com o avanço da colheita. Na região de Goioerê (PR), as cotações baixaram de R$ 24,00 para R$ 20,00. De acordo com levantamento realizado pela agência Safras & Mercado, nesta quinta-feira, o produto foi negociado entre R$27,00 e R$ 28,00 no Porto de Paranaguá, já em Santos o valor ficou entre R$ 28,00 e R$ 28,50. 

Na região da Mogiana (SP), as cotações ficaram entre R$ 25,00 e R$ 25,50, em Erechim (RS), o valor foi de R$ 25,50 e R$ 26,00. E em Uberlândia (MG), o preço registrado ficou entre R4 24,00 e R$ 24,50. 

Entretanto, apesar do recuo nos preços, analistas sinalizam que as exportações brasileiras do produto devem ganhar ritmo a partir do segundo semestre. Situação que deve estimular a queda de braço entre a demanda externa e interna e deve ocasionar boas oportunidades de comercialização aos produtores brasileiros. A expectativa é que os embarques do grão fiquem próximos de 20 milhões de toneladas.

Por outro lado, com o acordo firmado entre o Brasil e a China para a importação do milho, a perspectiva é que o país aumente as compras do cereal. Em contrapartida, durante essa semana, agências internacionais de notícias reportaram que os embarques de milho dos EUA para a nação asiática recuaram ao menor nível em sete meses, cenário decorrente do impasse em relação às variedades transgênicas. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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