Milho: Demanda firme garante mais um dia de alta em Chicago

Publicado em 23/05/2014 17:54

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a semana com ligeiras altas. Durante todo o pregão, as principais posições da commodity conseguiram se sustentar do lado positivo da tabela e encerraram o dia com ganhos entre 1,25 e 2,00 pontos. O vencimento julho/14 subiu 0,3%, para US$ 4,78 por bushel. Desde o início do mês de maio, o contrato caiu 8,1%. 

De acordo com a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, com os preços mais baixos, depois das quedas recentes, os compradores retornaram ao mercado. "Ainda assim, consideramos que a sessão de hoje foi mais calma, uma vez que na segunda-feira (26) é feriado nos EUA, devido ao Memorial Day e as bolsas não irão operar", explica.

E a demanda pelo produto norte-americano permanece firme. "As vendas para exportação do cereal dos EUA continuam firmes, assim como, a utilização do etanol", afirma a analista. Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas do cereal norte-americano referente à safra 2013/14 em 507,90 mil toneladas até o dia 15 de maio. Volume superior ao divulgado na última semana, de 343 mil toneladas.

Por outro lado, as previsões climáticas apontam para chuvas em áreas de produção de milho nos EUA, a partir de domingo. Apesar das previsões, a analista destaca que a situação, se confirmada, não deverá comprometer o término da semeadura do grão no país.

Ainda de acordo com o último boletim de acompanhamento de safras do USDA, o plantio estava completo em 73% da área projetada para  safra 2013/14 até o dia 19 de maio. O percentual está próximo da média dos últimos cinco anos, de 76%.

"Temos que ressaltar que os produtores norte-americanos tem capacidade de plantar grande extensão de área em curto espaço de tempo. E ainda é cedo para confirmar uma produção recorde nos EUA. Em anos de El Niño, a tendência é de boa produção, mas temos que esperar a safra se consolidar", acredita Ana Luiza. 

Mercado interno

Diante da proximidade da colheita da safrinha e o aumento da oferta da colheita da safra de verão, os preços do milho recuaram no mercado interno. Consequentemente, as vendas também estão mais lentas, já que os produtores aguardam cotações melhores.“De um lado os produtores estão capitalizados e esperam por melhores preços, já do outro lado da cadeia, os compradores adquirem o produto de maneira mais lenta, pois acreditam em uma grande produção de milho”, diz a analista.

Na região de Goioerê (PR), as cotações baixaram de R$ 24,00 para R$ 20,00. De acordo com levantamento realizado pela agência Safras & Mercado, nesta quinta-feira, o produto foi negociado entre R$27,00 e R$ 28,00 no Porto de Paranaguá, já em Santos o valor ficou entre R$ 28,00 e R$ 28,50. 

Na região da Mogiana (SP), as cotações ficaram entre R$ 25,00 e R$ 25,50, em Erechim (RS), o valor foi de R$ 25,50 e R$ 26,00. E em Uberlândia (MG), o preço registrado ficou entre R4 24,00 e R$ 24,50. 

Já as exportações brasileiras deverão somar 20 milhões de toneladas nesta safra e a expectativa para o consumo interno é de 54 milhões de toneladas. “Frente a esse cenário teremos um balanço entre oferta e demanda ainda favorável e os preços deverão ficar acima dos registrados no ano passado, porém mais acomodados”, destaca Ana Luiza.

Ainda assim, as exportações mais firmes, a partir do segundo semestre, o mercado deverá estimular a queda de braço entre a demanda externa e interna e deve ocasionar boas oportunidades de comercialização aos produtores brasileiros. Já em relação ao acordo firmado entre Brasil e China, a analista ressalta que as importações do país deverão ganhar força a partir dos próximos anos. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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