Milho: Sem novidades, mercado recua pelo segundo dia consecutivo na CBOT
No pregão desta sexta-feira (30), os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Pelo segundo dia consecutivo, as cotações registram quedas e, por volta das 12h25 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves perdas entre 1,50 e 2,75 pontos. O contra julho/14 era negociado a US$ 4,68 por bushel, após ter atingido o menor patamar desde 4 de março, de US$ 4,66 por bushel na sessão da quarta-feira.
Ao longo das negociações, as cotações até esboçaram uma reação e apresentaram ligeiros ganhos. Ainda assim, as cotações futuras do cereal buscam um direcionamento depois das perdas registradas durante essa semana. Segundo a agência internacional de notícias Bloomberg, os preços acumulam perdas de 9,5% somente no mês de maio.
Em Chicago, as cotações são pressionadas pelas notícias de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras e o término da semeadura nos Estados Unidos. De acordo com informações de agências internacionais, o clima deverá ficar quente e úmido nas próximas duas semanas, cenário que deverá contribuir para as plantações.
Diante dessas projeções, a perspectiva é que estimativa de safra cheia nos EUA se confirme e acaba reduzindo as preocupações iniciais com a produção norte-americana. Por enquanto, a semeadura do milho atinge 88% da área projetada, número igual à média dos últimos cinco anos. A Carolina do Norte é o estado mais avançado no plantio do cereal com 98% da área já semeada.
Entretanto, apesar das perspectivas de safra cheia, analistas afirmam que é preciso acompanhar as previsões de clima para o país e os boletins de acompanhamento de safras. Especialmente, durante o mês de julho, no qual, grande parte das lavouras norte-americanas estará em fase de enchimento de grãos.
Por outro lado, a demanda pelo cereal norte-americano permanece aquecida. Nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas para exportação referentes à safra 2013/14 em 621.300 mil toneladas a semana encerrada em 22 de maio. O número representa um aumento de 22% em relação à última semana e de 27% sobre a média das últimas quatro semanas.
Somente o México adquiriu cerca de 249.600 mil toneladas do produto dos EUA. Já o Egito comprou 200.700 mil toneladas. Para a safra 2014/15, as vendas somaram, no mesmo período, 90.900 mil toneladas. Ainda de acordo com os analistas, os preços do cereal já estão mais baixos e nesses níveis acaba estimulando a demanda. Especialmente, por parte dos consumidores de etanol e do setor de rações.