Milho: Focado na safra dos EUA, mercado inicia a semana em queda na CBOT

Publicado em 21/07/2014 08:24

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana do lado negativo da tabela. Por volta das 8h13 (horário de Brasília), as principais posições da commodities exibiam perdas entre 6,25 e 6,50 pontos. O contrato setembro/14 era cotado a US$  3,65 por bushel.

Os preços futuros dão continuidade às quedas registradas na última sessão. O mercado tem sido pressionado pelas condições climáticas favoráveis nos EUA, que tem contribuído para o bom desenvolvimento da safra norte-americana. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deve reportar novo boletim de acompanhamento de safras.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: mercado tem queda na CBOT e fecha semana expressivo recuo no Brasil

Por Carla Mendes

Nesta sexta-feira (18), o mercado do milho fechou a sessão regular em queda na Bolsa de Chicago. Mais uma vez, os futuros do milho mantiveram seu foco nas boas condições da nova safra dos Estados Unidos e recuaram. Assim, os contratos mais negociados encerraram o dia perdendo pouco mais de 8 pontos, com o vencimento setembro cotado a US$ 3,71 por bushel. A posição maio, por sua vez, perdeu, novamente, o patamar dos US$ 4,00. 

Nos Estados Unidos, julho é o mês mais importante para a cultura do milho e, até esse momento, o quadro climático que tem sido registrado se mostra extremamente favorável para o bom desenvolvimento das plantas. Segundo o analista internacional Bob Burgdorfer, do site norte-americano Farm Futures, o clima mais quente que é esperado para a próxima semana não deverá ser severo o suficiente para trazer uma ameça à colheita ou ao potencial produtivo dos campos nesta nova temporada. 

Para Burgdorfer, as exportações semanais reportadas ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vieram melhores do que o esperado e acabaram limitando as baixas no pregão desta sexta-feira. Assim como no mercado da soja, são informações como essas da demanda que têm trazido algum suporte às cotações depois dos últimos números do departamento norte-americano terem levado os preços a um novo patamar. 

Mercado Interno

No mercado interno, a semana foi de intensa desvalorização dos preços. Além das baixas que vêm sendo registradas na Bolsa de Chicago, a evolução da colheita da safrinha aqui no Brasil contribui para uma pressão mais acentuada nas cotações. De acordo com um levantamento da agência Safras & Mercado, a colheita atingia 18,5% da área estimada até o último dia 11. No ano passado, nesse mesmo período, o índice era de 17,4%. 

Além disso, o produtor ainda sofre com problemas de armazenagem por todo o país, o que reduz ainda mais seu poder de comercialização. A medida em que segue com sua colheita, o produtor acaba ficando sem tempo e sem condições de infraestrutura de armazenar seu produto, tendo que vendê-lo a preços que, em alguns locais, não chegam a cobrir os custos de produção. Na região de Goioerê, no Paraná, por exemplo, os preços do milho caíram, nos últimos dias, de R$ 24,00 para R$ 18,00. Em Sinop/MT, a saca está na casa dos R$ 10,00 e em Jataí/GO, R$ 15,00.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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