Milho: No Brasil, negócios permanecem lentos e apenas 30% da safrinha foi comercializada
No Brasil, a comercialização do milho ainda segue lenta. Da segunda safra estimada em 46.872,6 milhões de toneladas, segundo última projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), apenas 30% foi comercializado, conforme relata o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
E frente à recente queda nos preços do cereal praticados no mercado interno, os produtores seguram o produto. “Alguns agricultores relatam que só irão negociar a saca do produto no próximo ano. Esse ano, o investimento feito em silo bag, especialmente no Centro-Oeste foi alto. Em 2013, tínhamos milho a céu aberto no MT, e esse ano a situação é diferente”, destaca o consultor. Enquanto isso, os compradores seguem sem pressa e adquirem o grão da mão pra boca.
Ao todo, o Brasil tem um excedente de produção ao redor de 22,4 milhões de toneladas de milho esse ano. E as exportações são estimadas em torno de 20 milhões de toneladas pela Conab. Porém, até o momento, os embarques permanecem mais lentos. Em agosto, as exportações de milho totalizaram 2,458 milhões de toneladas, com média diária de 177 mil toneladas.
O número ficou abaixo do esperado pelos participantes do mercado, que acreditavam que o volume pudesse alcançar 3 milhões de toneladas. Ainda assim, a quantidade embarcada representa um crescimento de 355% sobre o mês de julho.
De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a terça-feira foi mais um dia de estabilidade para os preços do cereal nas principais praças pesquisadas. Apenas em Jataí (GO), a cotação recuou 5,00%, para R$ 15,77 a saca. No Porto de Paranaguá, o dia também foi de queda de 1,29%, para R$ 23,00 a saca de milho.
Bolsa de Chicago
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do cereal reverteram os ganhos do início da sessão e fecharam o dia com leves perdas, próximos da estabilidade. Os contratos do cereal terminaram o pregão com baixas entre 1,00 e 3,25 pontos. O vencimento setembro/14 perdeu 0,91% e encerrou cotado a US$ 3,55 por bushel.
No início da manhã desta terça-feira, as cotações foram influenciadas pela preocupação de intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia. Entretanto, ao longo das negociações, o mercado voltou a focar os fundamentos e voltou a cair.
A expectativa de safra cheia nos EUA permanece pressionando as cotações do cereal no mercado internacional. Além disso, os participantes também esperam pelo novo boletim de condições de lavouras, que será reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira. Na semana anterior, 73% das plantações registravam boas ou excelentes condições.
Embarques semanais
Outro fator que também pesou sobre o mercado foram os números dos embarques semanais do milho. Até o dia 28 de agosto, os embarques do cereal totalizaram 873.195 mil toneladas. Na semana anterior, o volume ficou em 1.102,685 milhão de toneladas. Até o momento, no acumulado do ano safra, os embarques são de 46.824,238 milhões de toneladas, número bem acima do acumulado do ano anterior, de 17.682,669 milhões de toneladas.
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