Milho: Mercado opera em campo misto, próximo da estabilidade em Chicago

Publicado em 04/09/2014 08:52 e atualizado em 04/09/2014 09:23

Nesta quinta-feira (4), os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham na estabilidade. Por volta das 8h51 (horário de Brasília), os principais contratos do cereal estavam estáveis e apenas o vencimento setembro/14 exibia leve ganho de 0,50 pontos, cotado a US$ 3,41 por bushel.

Após as perdas expressivas registradas na sessão anterior, o mercado busca uma recuperação. No pregão anterior, os preços futuros recuaram ao menor patamar dos últimos quatro anos, com perdas entre 11,00 e 14,50 pontos. O mercado permanece pressionado pela previsão de grande safra norte-americana.

Outro fator que também deve influenciar os preços nesta quinta-feira é o relatório de vendas para exportação, que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Mercado brasileiro caminha de lado e leilões de Pepro são insuficientes para ocasionar reação nos preços

Diante da disponibilidade de oferta de milho no mercado interno brasileiro, os preços ainda caminham de lado, com pressão de baixa. Segundo levantamento do Notícias Agrícolas, a quarta-feira (3) foi mais um dia de estabilidade nas principais praças pesquisadas, com destaque para Jataí (GO), que registrou queda de 4,12% , com a saca do cereal cotada a R$ 15,12. A perda foi um pouco menor no Porto de Paranaguá, ao redor de 2,17% e a saca de milho era negociada a R$ 22,50.

Para o analista de mercado da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro, as duas operações de leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) não foram suficientes para ocasionar uma mudança nos valores da saca praticados no país. “Tivemos um aumento na demanda interna, mas insuficiente para absorver o excedente de produção”, afirma. 

Ainda assim, as medidas são importantes, já que sustentam o preço do cereal, em localidades onde a oferta maior pressiona os valores, especialmente no Centro-Oeste. Com isso, a comercialização da produção de milho safrinha, estimada ao redor de 46 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), permanece lenta e atinge cerca de 30% da safra.

Em contrapartida, as exportações brasileiras do grão caminham a passos lentos. Até o final de agosto, os embarques do milho totalizaram 2,458 milhões de toneladas, com média diária de 177 mil toneladas. “Mas a expectativa é que essas exportações comecem a melhorar a partir de agora, porém, o produto do Brasil pode concorrer com a safra dos EUA, prevista em 356 milhões de toneladas, já que os agricultores já iniciaram a colheita do cereal em algumas regiões", destaca Ribeiro.

Enquanto isso, o produtor brasileiro tenta segurar o produto à espera de melhores oportunidades de negociação. E frente aos altos investimentos feitos em silo bag, principalmente no MT, a perspectiva é que os agricultores negociem o produto no próximo ano.

Bolsa de Chicago

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quarta-feira (3) com perda expressiva. Os contratos da commodity exibiram quedas entre 11,00 e 14,50 pontos. O vencimento setembro/14 era cotado a 3,41 por bushel.

O mercado permanece pressionado pela perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos na próxima safra. Além disso, o início da colheita em algumas localidades no Meio-Oeste do país também contribui para pressionar negativamente o mercado do milho.

Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para cima de 73% para 74% o número de lavouras em boas ou excelentes condições. Cerca de 19% das plantações apresentam condição regular e 7% estão em situação ruim ou muito ruim. Anteriormente, os índices eram 20% e 7%, respectivamente. 

O departamento também reportou que em torno de 90% das lavouras do cereal estão em fase de enchimento de grãos, contra 83% da semana anterior. 53% das plantações apresentam a fase de milho dentado. Na semana anterior, o volume era de 35%.

Com isso, a expectativa é que a produtividade das plantações alcance 180,15 sacas por hectare. De acordo com a última projeção do USDA, o rendimento foi estimado em 177,17 sacas por hectare.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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