Milho: Mercado aguarda números do USDA e opera com volatilidade em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade às perdas na sessão desta terça-feira (8). Por volta das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,40 por bushel.
O mercado voltou recuar após cinco sessões consecutivas de alta, frente às especulações do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta sexta-feira (10). A expectativa dos participantes do mercado é que o órgão revise para cima a projeção para a safra de milho norte-americana.
A perspectiva é que a safra de milho dos EUA totalize 368,95 milhões de toneladas, um aumento expressivo em relação à última previsão, de 365,65 milhões de toneladas. Ainda assim, alguns investidores apostam que a produção norte-americana nesta temporada pode ficar acima das 370 milhões de toneladas para o cereal.
A produtividade das lavouras também deverá ser revisada para cima e subir de 181,72 para 182,75 sacas por hectare, conforme expectativas do mercado. Do mesmo modo, os estoques norte-americanos poderão aumentar de 50,85 milhões para 54,50 milhões de toneladas.
"Todos os olhos estarão sobre o relatório do USDA", disse o economista de agronegócio no National Australia Bank Ltd., Phin Ziebell, em entrevista à Bloomberg. "As indicações mais recentes mostram que as colheitas continuam a registrar bons resultados", completa.
De acordo com o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, os estoques globais poderão registrar um aumento de 1,4% e totalizar 192,6 milhões de toneladas. Ainda assim, o analista destaca que, os fundos voltaram à ponta compradora recentemente e adquiriram entre 78 a 82 mil contratos, diante do atraso na colheita dos EUA devido às condições climáticas desfavoráveis.
"De uma semana para outra, tivemos apenas um aumento de 5% na área colhida no país, de um volume ao redor de 367 milhões de toneladas. Então, a percepção dos especuladores, que estavam vendidos e a colheita não caminhou como o esperado, recompraram as posições e direcionou o mercado para cima. Porém, esse é um movimento pontual, se tivemos qualquer notícia de melhora no clima, com os campos mais secos, haverá uma compensação nos trabalhos nos campos, o que irá pressionar os preços", explica Mariano.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado interno, as cotações registraram leve reação nos últimos dias. No Porto de Paranaguá, as cotações subiram e voltaram ao patamar de R$ 23,50 nesta terça-feira. Apesar da situação, o analista sinaliza que essa é uma melhora momentânea.
"A demanda ainda está limitada, pois não temos um grande volume de exportação. E se não fosse a redução nos valores dos fretes, os produtores estariam recebendo entre R$ 2,00 a R$ 3,00 a menos no valor praticado atualmente. Portanto, lamento dizer, mas o mercado não tem uma tendência de alta", afirma Mariano.
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