Safra recorde nos Estados Unidos reduz preço do milho no mercado interno, aponta CNA

Publicado em 10/10/2014 15:26
Boletim “Custos e Preços”, da CNA, mostra que dados dos estoques e consumo influenciaram mercado

A colheita de uma safra recorde de milho nos Estados Unidos reduziu os preços do grão no mercado interno. Em Unaí (MG), o preço do grão caiu 2,7% em relação ao mês anterior e 13,2% quando comparado com o mesmo período em 2013. Em setembro, a saca de 60 quilos foi comercializada a R$ 19,85 em Unaí. Em Londrina (PR), a queda foi menor: de 2,4% em relação a agosto e de 3,3% na comparação com setembro de 2013.

No boletim “Custos e Preços”, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informa que não há fundamentos que mostrem mudança no quadro de queda de preços. No entanto, a Confederação lembra que os agentes do setor consideram que o valor de US$ 3,20/bushel de milho, registrado na Bolsa de Chicago, é exageradamente baixo, provocando preocupação em relação à rentabilidade da cultura.

Além das informações relativas à safra norte-americana, dados do World Agricultural Outlook Board (WAOB) para os estoques de passagem e para o consumo mundial influenciaram os rumos do mercado de milho. Os estoques mundiais de passagem, para a safra 2014/2015, estão estimados em 189,91 milhões de toneladas, 10% superior ao volume da safra 2013/2014. A estimativa para o consumo mundial passou de 951,75 para 970,69 milhões de toneladas, aumento de 2%.

A CNA também avalia, no boletim, os mercados de arroz, café, algodão, soja, feijão, cacau, leite e boi gordo. Em relação ao arroz, a percepção é de que o início do período de plantio da nova safra de arroz tem sido marcado por incertezas devido às previsões de chuvas acima da média em algumas regiões produtoras do país. As incertezas podem comprometer o plantio, situação que tem elevado os preços do cereal no Rio Grande do Sul, principal estado produtor.

Em Uruguaiana e Camaquã, os preços médios da saca de 50 quilos foram de R$ 35,82 e R$ 37,30 em setembro, respectivamente, o que representa um aumento de 1,4% em relação ao mês anterior. As cotações apresentaram valorização média de 8% quando comparadas ao mesmo período do ano passado.

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CNA

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