Milho: Após altas expressivas, mercado realiza lucros e preços recuam em Chicago

Publicado em 24/10/2014 12:38 e atualizado em 26/10/2014 19:54

Após registrar altas expressivas e importantes nos últimos dias, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar do lado negativo no pregão desta sexta-feira (24). Por volta das 13h11 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,50 e 3,75 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,56 por bushel.

Em comparação com o fechamento da segunda-feira até a quinta-feira, o contrato dez/14 subiu 3,16%. Mais cedo, o mesmo vencimento chegou a US$ 3,65 por bushel, o maior nível desde 2 de setembro. O mercado realiza lucros, depois de ter sido impulsionado pelo atraso da colheita de milho nos Estados Unidos e também pelos bons números vindos da demanda.

Segundo informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) até o último domingo, apenas 31% da área havia sido colhida. O número está bem abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 53%. Nesta safra, a perspectiva é que os produtores norte-americanos colham mais de 367 milhões de toneladas.

Além disso, os números dos embarques e das vendas semanais também contribuem para a firmeza do mercado. Ainda ontem, o órgão informou as vendas em 1.031,22 milhão de toneladas até o dia 16 de outubro. Até o momento, cerca de 41% do volume projetado para a exportação nesse ano safra já foi comprometido. Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 101.600 mil toneladas do grão para destinos não revelados.

"O movimento de alta dos preços foi impulsionado pelo anúncio de ontem de exportações, que inesperadamente vieram mais firmes nos Estados Unidos", disse a analista do Commerzbank AG, Michaela Kuhl, em entrevista à Bloomberg. "As vendas de ambas as commodities, soja e milho, foram maiores do que o mercado esperava", completa. 

Ainda de acordo com informações da agência, somente em 2014, os preços da commodity recuaram 14%. Situação decorrente da expectativa de safra recorde nos EUA nesta temporada.

BM&F

Na BM&F, os futuros do milho também registraram uma sessão de preços mais baixos. Por volta das 12h11 (horário de Brasília), as principais posições exibiam desvalorizações entre 0,67% e 0,81%. O vencimento março/15 era negociado a R$ 29,45. 

O mercado realiza lucros após as os ganhos registrados nos últimos dias. Os preços subiram frente às especulações em relação ao clima no Brasil. Diante das chuvas irregulares, os produtores não têm conseguido implantar a safra de verão, o que irá comprometer a janela ideal de cultivo da safrinha.

Inclusive, em algumas regiões, os produtores sinalizam que poderão cancelar as compras das sementes do milho safrinha. Na maioria das localidades, os agricultores têm até o dia 28 de fevereiro para finalizar a semeadura do grão, mas com o atraso na soja, a perspectiva é que a oleaginosa seja colhida próximo do dia 20 de fevereiro.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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