Milho: Diante da perspectiva de menor oferta, preços dão continuidade às altas na BM&F e março/15 avança para R$ 29,58

Publicado em 06/11/2014 12:47 e atualizado em 06/11/2014 17:38

Na BM&F Bovespa, as cotações do milho dão continuidade ao movimento positivo na sessão desta quinta-feira (6). Por volta das 12h24 (horário de Brasília), as principais posições registravam ganhos entre 0,25% e 1,98%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,58 a saca, com valorização de 1,68%. 

Na visão do analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mario Mariano, os produtores conseguiram retomar o plantio da soja, com as chuvas recentes. "E quem está fazendo o cultivo da oleaginosa agora deverá colher o grão em fevereiro, com isso, teremos tempo para semear o milho e ter a produção, embora restrita. Pois teremos uma redução da área de plantio, na região Sul e Sudeste e parte do Centro-Oeste, não só pelo período da janela ideal e uma previsão inicial em torno de 30% a 35%", destaca.

Consequentemente, o analista destaca que, a oferta será restrita mais adiante e as indústrias terão que garantir o abastecimento, cenário que deverá manter a firmeza no mercado de milho. "No caso do cereal, o produtor ainda tem tempo de especular, não temos uma garantia de que haverá abundância de oferta no segundo semestre de 2015. E consultorias já falam em uma produção total, ao redor de 69 a 68.600 milhões de toneladas de milho. Podemos trabalhar com preço um pouco melhor e o agricultor poderá ter melhores oportunidades de negócios a partir de janeiro e fevereiro", ressalta Mariano.

Bolsa de Chicago

Em mais uma sessão de volatilidade, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram as perdas e voltaram a trabalhar do lado azul da tabela. Por volta das 13h01 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves ganhos. O vencimento dezembro/14 era negociado a US$ 3,72 com alta de 2,38%.

O mercado tenta consolidar os ganhos registrados no pregão anterior. Nesta quarta-feira, os futuros da commodity terminaram o dia em alta devido ao movimento de compras especulativas e também a retenção do produto por parte dos agricultores norte-americanos, que deram firmeza aos preços.

Em contrapartida, os investidores já começam a se posicionar, uma vez que na próxima segunda-feira (10), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de oferta e demanda. Por enquanto, a perspectiva dos participantes do mercado é que órgão revise para cima das projeções para a safra de milho dos EUA, assim como, a produtividade das lavouras.

A última projeção do USDA é de uma safra em torno de 367,69 milhões de toneladas do cereal. No entanto, os investidores apostam em uma safra ao redor de 369,74 milhões de toneladas. 

"Todo mundo está segurando o produto à espera do relatório do USDA", disse o corretor de grãos, Dave Norris, em entrevista à Bloomberg. "Todo mundo parece pensar que eles vão aumentar as estimativas de produção de novo para o milho e soja e as projeções dos rendimentos das plantas também", completa.

Outro fator que também influencia o mercado nesta quinta-feira é o relatório de vendas para exportação. Até o 30 de outubro, cerca de 478,1 mil toneladas do grão foram vendidas, conforme dados do USDA. O número representa uma queda de 2% em relação a semana anterior, na qual, em torno de 489,9 mil toneladas foram vendidas.

Além disso, o volume anunciado representa uma queda de 55% em comparação com a média das últimas 4 semanas. Ainda segundo o departamento norte-americano, no acumulado do ano, 43% da estimativa para exportação, de 44.450,0 milhões de toneladas, já foi comprometida, o equivalente a 19.220,4 milhões de toneladas.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • beto palotina - PR

    aqui na regiao de palotina pr nao chove a dias esta muito seco e a perca de producao da soja e do milho e visivel e cada dia se ve produtores falando em plantar soja safrinha em ves de milho pelo fator do preco muito ruimm

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