Milho: Mercado dá continuidade ao movimento positivo e exibe leves altas em Chicago nesta 4ª feira
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham em campo positivo no início da sessão desta quarta-feira (12). O mercado dá continuidade aos ganhos registrados no dia anterior e, por volta das 8h49 (horário de Brasília), as posições registravam altas entre 2,50 e 3,00 pontos. O contrato dezembro/14 era negociado a US$ 3,76 por bushel.
Os investidores ainda observam os números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no último relatório de oferta e demanda. O órgão reduziu a estimativa para a produção de milho norte-americana, para 365,97 milhões de toneladas e a produtividade para 183,52 sacas por hectare.
No último pregão, as altas registradas na soja também contribuíram para sustentar os preços do cereal. Ainda assim, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços do cereal ainda estão baratos no mercado internacional.
Já no quadro geral de oferta e demanda, a safra dessa temporada irá ficar próxima do ano anterior. "Porém, a demanda será maior e vamos superar a produção, o que, consequentemente irá impactar os estoques e também no mercado brasileiro", destaca o consultor.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Diante da alta do dólar e em Chicago, preços avançam no Brasil e saca é cotada a R$ 27,50 em Paranaguá
Frente à alta registrada no mercado internacional, juntamente com a valorização do dólar, os preços do milho praticados no mercado interno brasileiro registraram mais um dia de ganhos. De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, o valor da saca subiu 1,85% no Porto de Paranaguá, para R$ 27,50 a saca nesta terça-feira (11).
Em Não-me-toque (RS), o preço subiu para R$ 23,00, com ganho de 2,22%, em Ubiratã (PR) a saca terminou o dia negociada a R$ 19,50, com alta de 2,63%. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o valor chegou a R$ 20,00, com valorização de 1,01%. A única praça que registrou queda foi em Jataí (GO), onde a saca do cereal encerrou a terça-feira cotada a R$ 20,60, com perda de 1,29%. Nas demais praças o dia foi de estabilidade.
As cotações do cereal têm sido impulsionadas pelas altas observadas na Bolsa de Chicago (CBOT) e também no câmbio. A moeda norte-americana terminou a terça-feira cotada a R$ 2,55, avanço de 0,33%, conforme dados reportados pela agência Reuters.
Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços voltaram a subir, após chegar ao fundo do poço recentemente. "No MT, por exemplo, tivemos preços entre R$ 9,00 a R$ 10,00, porém, os produtores seguraram as vendas e o mercado voltou a subir. Inclusive, com a composição do câmbio, as exportações brasileiras também ganharam força", destaca.
BM&F Bovespa
As cotações do milho na BM&F Bovespa também terminaram o dia em alta. As principais posições da commodity fecharam a sessão com valorizações entre 0,33% e 2,94%. O contrato maio/15 era cotado a R$ 30,40 a saca de milho.
Ainda na visão do consultor, o mercado tenta antecipar a oferta restrita prevista para o próximo ano. "E a demanda permanece aquecida internamente. Vamos recuperar o que perdemos nos últimos anos e a expectativa é que o preço permaneça acima dos R$ 30,00 em SP em 2015.", afirma o consultor.
Para a safra de verão é projetada uma forte redução na área destinada ao milho, uma vez que o cereal perdeu espaço para o cultivo da oleaginosa. Além disso, há as incertezas em relação à safrinha. "E a Conab ainda não refletiu a situação que estamos vendo nos campos. Com isso, a oferta de milho será restrita e estamos embarcando em bom ritmo e talvez não tenhamos estoques tão grandes quanto os previstos inicialmente, o que pode favorecer o mercado de milho em 2015", orienta Brandalizze.
Segundo relatório de acompanhamento de safras, atualizado nesta terça-feira pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), na safra 2014/15, os produtores brasileiros deverão colher em torno de 77 a 78 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra.
No total, da safra 2013/14, a produção brasileira do cereal ficou em 79.905,5 milhões de toneladas, conforme dados da companhia. Para a safra de verão, a entidade estima uma redução na área plantada entre 8,7% e 4,3%, o que representa uma área de 6,04 a 6,33 milhões de hectares, em relação à mesma área cultivada na temporada anterior.
Frente a esse cenário, o consultor ainda sinaliza que, os produtores que tiverem condições devem ir negociando o produto aos poucos, fazendo médias. "E para quem irá colher o milho na safra de verão, na faixa de R$ 30,00 a saca é um valor rentável. Então, de 20% a 30% teria que ir negociando aos poucos", completa o consultor.
Bolsa de Chicago
Em mais uma sessão volátil, os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a terça-feira com leves ganhos. As principais posições do cereal encerraram o dia com altas de 4,50 pontos. O contrato dezembro/14 era cotado a US$ 3,73 por bushel.
O mercado ainda refletiu os números do último boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportado nesta segunda-feira. Ao contrário, do que os investidores acreditavam, o departamento reduziu as projeções para a safra de milho dos EUA e a produtividade das lavouras.
Nesta safra, a perspectiva é que os produtores norte-americanos colham 365,97 milhões de toneladas do cereal. A projeção está abaixo da estimativa feita em outubro, de 367,69 milhões de toneladas e, também das apostas dos participantes do mercado, de mais de 369 milhões de toneladas. O rendimento das plantações também foi revisto e recuou de 184,37 sacas por hectare, para 183,52 sacas por hectare.
Ainda de acordo com Vlamir Brandalizze, os produtores devem estar atentos aos números referentes à produção de etanol nos EUA. Conforme dados do USDA, cerca de 130,82 milhões de toneladas serão destinadas à produção de etanol no país. "Tivemos uma aumento na projeção, o demonstra a demanda aquecida para a produção de etanol", explica.
Paralelo a esse cenário, o consultor ainda afirma que o preço do cereal está barato e as cotações teriam fôlego para avançar. "No quadro geral do milho, de oferta e demanda mundial, temos uma safra igual ao ano passado, porém, a demanda será maior e vamos superar a produção, o que, consequentemente impactará os estoques e também no mercado brasileiro", finaliza Brandalizze.
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