Em semana positiva, mercado de milho acumula ganhos de até 7,66% na BM&F

Publicado em 12/12/2014 18:26 e atualizado em 15/12/2014 07:44

Pelo quarto dia consecutivo, os futuros do milho na BM&F Bovespa terminaram a sessão em alta. Nesta sexta-feira (12), as principais posições da commodity encerraram o dia com ganhos expressivos entre 1,88% a 3,34%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 31,50, com valorização de 3,11%.

A semana também foi extremamente positiva aos preços do cereal, já que os contratos acumularam ganhos entre 3,88% a 7,66%. O vencimento março/15, que era negociado a R$ 29,44 no início da semana, subiu e registrou ganho de 7,00% ao longo dos últimos dias.

Conforme reportam os analistas, o mercado têm sido impulsionado pela forte alta observada no câmbio. A moeda norte-americana encerrou a semana negociada a R$ 2,6512 na venda, com ganho de 0,14%. Segundo dados da agência Reuters, o patamar é o maior de fechamento desde 1º de abril de 2005. Na máxima da sessão, o câmbio chegou a R$ 2,6785.

Recentemente, o câmbio tem operado em alta, especialmente impulsionado por fatores econômicos e até políticos, como a apreensão dos investidores frente ao recuo nos preços do petróleo e o futuro do programas de intervenções do Banco Central no mercado. As informações foram divulgadas pela Reuters. 

Além disso, os prêmios positivos nos portos brasileiros também contribuem para dar firmeza às cotações do cereal, segundo destacam os analistas. Assim como, o profissionalismo por parte do produtor brasileiro em negociar o milho e os ganhos recentes registrados nos preços no mercado internacional.

Em contrapartida, para compor o cenário, os produtores brasileiros também devem considerar as projeções para os estoques de passagem do grão da safra 2013/14. Conforme dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), reportados recentemente, os estoques deverão totalizar 15,46 milhões de toneladas, fator que, na visão dos analistas pesa na composição das cotações. 

"Porém, com os preços ao redor de R$ 29,00 a saca no porto, temos um estímulo para o plantio da segunda safra. E mais adiante, se tivermos chuvas, os agricultores poderão ousar mais e investir no milho safrinha, mesmo com o atraso na semeadura da safra de verão", acredita o consultor de mercado, Ênio Fernandes.

Já no mercado interno, a semana foi de pouca movimentação nos preços praticados nas principais praças brasileiras, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Ao longo dos últimos dias, a cotação no Porto de Paranaguá subiu e encerrou a semana a R$ 30,00 a saca. 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do milho terminaram a sessão desta sexta-feira (12), com boas altas. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 7,50 e 9,25 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 4,07 por bushel. Na semana, os contratos registraram valorizações entre 3,95% e 4,36%.

Durante essa semana, o mercado conseguiu romper um importante patamar de suporte, de US$ 4,00 por bushel. Segundo dados do site internacional Farm Futures, o mercado subiu frente às compras técnicas, em função de uma falta de notícias fundamentais para orientar as negociações.

No entanto, o mercado encontra suporte da demanda do grão para a produção de etanol. Até a semana encerrada no dia 05 de dezembro, a produção chegou a 988 mil barris por dia, contra 962 mil barris por dia divulgados na semana anterior. 

Por outro lado, mesmo com a recuo nas vendas para exportação reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira, o número ficou 9% acima da média das últimas quatro semanas. Até o dia 4 de dezembro, as vendas somaram 962,800 mil toneladas. Com isso, cerca de 23.712,8 milhões de toneladas já foram comprometidas, contra 44.450,0 milhões de toneladas previstas pelo órgão nesta temporada.

O mercado também foi influenciado pelos rumores de que a China pode autorizar a compra de DDGs, um subproduto do processamento do milho na produção do etanol com alta concentração de proteína e utilizado na produção de rações. A nação asiática tem restringido a importação do subproduto e, inclusive, chegou a cancelar as compras neste ano.

De acordo com dados divulgados pela Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (RFA, na sigla em inglês), os embarques de DDGs caíram em torno de 14% em outubro, em relação ao mês anterior. A situação é decorrente da redução nos embarques para a China, conforme informações da associação.

Os embarques para os chineses recuaram ao menor nível desde julho de 2009 e foram equivalentes a apenas 3% do volume exportado ao país em junho de 2014. E diante dessa situação, o México se tornou o maior importador do produto em outubro, com 148 milhões de toneladas, 19% do total exportado no período. A Turquia ficou em segundo lugar, com 16%. 

Veja como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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