Após altas de até 5,43% em uma semana, mercado de milho recua na BM&F e março/15 é cotado a R$ 31,44

Publicado em 17/12/2014 11:53 e atualizado em 17/12/2014 17:29

Depois de registrar valorizações entre 3,28% a 5,43%, em uma semana, as principais posições do milho na BM&F Bovespa voltaram a recuar na sessão desta quarta-feira. Por volta das 12h24 (horário de Brasília), os contratos da commodity registravam quedas entre 0,50% e 2,68%. O vencimento março/15 era negociado a R$ 31,44 a saca, com perda de 2,06% e após ter subido 4,63% nos últimos cinco dias.

Os preços do grão recuam na bolsa brasileira acompanhando o movimento do dólar. Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana opera em queda, após as fortes altas recentes, ao redor de R$ 2,7114 na venda, com perda de 0,88%, por volta das 12h39. 

O câmbio tem sido a principal variável de suporte aos preços do milho na BM&F. E, hoje com a queda, no Porto de Paranaguá, a saca do cereal para entrega em agosto/15 recuou de R$ 31,00 para R$ 30,50.

Bolsa de Chicago

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo na sessão desta quarta-feira (17). Ao longo do pregão, os contratos ampliaram os ganhos e, por volta das 12h20 (horário de Brasília), exibiam altas entre 2,50 a 3,25 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 4,09 por bushel.

De acordo dados reportados pelo site Farm Futures, o mercado é impulsionado pelas informações de que a China teria aprovado a importação do DDGs, subproduto na produção do etanol, de alto valor protéico e utilizado na fabricação animal. Os rumores têm movimentado os preços do cereal nos últimos dias.

Até o momento, as informações divulgadas nos sites internacionais dão conta de que, a China teria assinado contratos de até 15 carregamentos de grãos secos destiladores para embarque entre dezembro e março, conforme dados da China National Grain and Oils Information Center. O país é o maior comprador do subproduto DDGs. 

"Estamos observando se estas cargas de DDGs recém comprados poderão descarregar nos portos chineses sem problemas", disse Xia Rui, analista da Shangai Flow International Trade Co, disse em entrevista à Bloomberg. 

Desde o ano passado, a nação asiática rejeitou mais de 1,2 milhão de toneladas de cargas do cereal dos EUA, por conter o MIR 162, ainda não aprovada pelos chineses. Além disso, os investidores também estão atentos às informações sobre a safra no Leste Europeu. Por enquanto, a perspectiva é de quebra nas produções de milho e trigo na região devido ao clima irregular.

Paralelamente a esse cenário, a movimentação dos preços do petróleo também tem sido observada pelos participantes do mercado do cereal. Os analistas destacam que, a cotação mais baixa da commodity acaba afetando a competitividade do etanol. E, nos EUA cerca de um terço da produção de milho é destinada à produção de etanol.

 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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