Milho: Na BM&F, mercado esboça recuperação e opera com ligeira alta; março/15 é cotado a R$ 30,60

Publicado em 19/12/2014 12:29 e atualizado em 19/12/2014 17:03

Após dois pregões consecutivos de queda, as principais posições do milho na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar em alta nesta sexta-feira (19). Por volta das 11h42 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam leves valorizações entre 0,20% e 1,40%. O contrato março/15 era cotado a R$ 30,60 a saca. 

O mercado esboça uma reação depois da recente desvalorização influenciada, especialmente pelo câmbio. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana é cotada a R$ 2,6504 na venda, com queda de 0,17%. Depois de uma semana de intensa volatilidade, o mercado recua frente à recuperação do rublo russo, segundo dados do site G1. 

Por outro lado, os investidores também observam as informações sobre o desenvolvimento da safra brasileira. Além da redução na área cultivada na safra de verão, algumas localidades sofrem com o clima irregular, como é o caso de Ijuí (RS). As estimativas iniciais apontam para uma redução de até 50% na produtividade das lavouras.

Conforme levantamento da Agroconsult, na safra de verão, a produção brasileira deverá totalizar 29,2 milhões de toneladas devido à seca em algumas localidades, especialmente no Rio Grande do Sul. Na safra passada, a safra ficou em 31,7 milhões de toneladas. No total, a safra deverá somar 78 milhões de toneladas, cerca de 2 milhões de toneladas a menos do que no ano anterior.

Bolsa de Chicago 

Durante os negócios desta sexta-feira (19), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. Por volta das 12h59 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 4,50 a 5,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 4,06 por bushel.

Depois dos ganhos registrados recentemente, o mercado do cereal exibe um movimento de realização de lucros, conforme informações reportadas pelo noticiário internacional. Além disso, o mercado também acompanha a queda registrada nos preços futuros do trigo. Hoje, os preços da commodity recuam mais de 11 pontos em Chicago.

Nos últimos dias, os preços do milho foram influenciados pela valorização nas cotações do trigo. Com a decisão da Rússia em limitar as exportações do trigo tem refletido positivamente nas cotações da commodity. E, consequentemente, afeta o milho, uma vez que as duas culturas são concorrentes no mercado de ração animal.

A aprovação da importação de DDGs pela China também trouxe boas expectativas para o mercado. De acordo com o analista de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, destaca que, a situação é um fator altista para os preços do cereal norte-americano. Enquanto isso, a demanda pelo grão dos EUA também permanece aquecida.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 237.268 mil toneladas do grão. Do total, 135.664 mil toneladas serão destinadas ao Japão e o restante, 101.604 mil toneladas do grão ao México. O volume deverá ser entregue aos dois países na temporada 2014/15. 

Essa é a segunda operação divulgada nesta semana pelo USDA. Nesta quinta-feira, o órgão anunciou a venda de 126 mil toneladas do grão para destinos desconhecidos.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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