Milho: Com foco nos fundamentos, mercado amplia perdas ao longo da sessão nesta 5ª feira

Publicado em 12/02/2015 13:01

Ao longo dos negócios desta quinta-feira (12), as cotações do milho exibem ligeiras perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 13h30 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam quedas entre 2,00 a 2,50 pontos. O contrato março/15 era negociado a US$ 3,83 por bushel, depois de iniciado o dia a US$ 3,86 por bushel.

Mais cedo, os preços da commodity até tentaram esboçar uma recuperação, porém, o movimento não foi sustentado e o mercado voltou a trabalhar do lado negativo da tabela. As informações reportadas pelas agências internacionais dão conta que os investidores voltaram a focar os fundamentos do mercado. Nesta temporada, a perspectiva é de uma safra mundial volumosa, assim como, os estoques globais.

O consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, destaca que os números dos estoques globais são confortáveis e, por outro lado, as estimativas são de safra recorde no mundo e também nos EUA. "Também temos uma safra na América do Sul, e bons números de excedente de exportação na Ucrânia, Brasil e Argentina, três países disputando o mercado com os EUA", afirma.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação. Até o dia 5 de fevereiro, as vendas totalizaram 1.003,100 milhão de toneladas de milho. O volume representa uma alta de 19% em relação à semana anterior, mas uma redução de 17% frente à média das últimas quatro semanas.

O México foi o principal comprador do produto norte-americano, com 427.900 mil toneladas do grão. No acumulado do ano safra, as vendas somam 33.151,0 milhões de toneladas de milho, contra 44.450,0 milhões de toneladas projetados pelo USDA. Para a safra nova, as vendas ficaram em 117,7 mil toneladas, o número ficou acima do registrada na semana anterior, de 8,5 mil toneladas.

BM&F Bovespa

Na BM&F Bovespa, as cotações do milho trabalham em campo negativo no pregão desta quinta-feira (12). Por volta das 13h02 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam desvalorizações entre 0,67% e 1,03%. A posição março/15 era cotada a R$ 28,70 a saca. 

Além da queda observada no mercado internacional, a queda no dólar também pesa sobre os preços. Após os recentes ganhos, a moeda norte-americana recua e é negociada a R$ 2,8487 na venda, com perda de 0,89%. Na véspera, o câmbio encerrou o dia no maior patamar dos últimos 10 anos.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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