Milho: Em Chicago, mercado recua frente ao clima favorável nos EUA e alta do dólar

Publicado em 20/05/2015 13:30

Durante as negociações desta quarta-feira (20), os futuros do milho dão continuidade ao movimento negativo e consolida o segundo dia consecutivo de perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 1,75 e 2,25 pontos, por volta das 12h49 (horário de Brasília). O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel.

O clima e o andamento da safra norte-americana permanecem como do mercado internacional. As previsões climáticas ainda indicam chuvas nos próximos dias no cinturão produtor do cereal, o que tem contribuído para o bom desenvolvimento da cultura até o momento. Nesta safra, a projeção é que sejam colhidas ao redor de 346,22 milhões de toneladas do cereal, conforme último boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Por enquanto, o plantio do milho segue sem grandes preocupações e os produtores já caminham para a finalização dos trabalhos nos campos. Cerca de 85% da área prevista já foi semeada até o último domingo, de acordo com o departamento norte-americano. Além disso, as agências internacionais destacam que, a valorização do dólar diante de outras moedas tem contribuído para manter o tom negativo no mercado internacional, já que acaba comprometendo a competitividade das exportações dos EUA.

Já a produção de etanol no país ficou em 958 mil barris por dia até a semana encerrada no dia 15 de maio, conforme dados da AIE (Agência de Informação de Energia). O número representa um crescimento de 46% em relação à semana anterior, quando a produção foi estimada em 912 mil barris por dia.

Os estoques de etanol nos EUA registraram ligeira alta e subiram de 20,3 mil barris, para 20,4 mil barris indicados no mesmo período.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega outubro/15, mantém o patamar de R$ 27,80 nesta quarta-feira. Em meio à queda do dólar, a moeda norte-americana é cotada a R$ 3,03, com perda de 0,33%, e as quedas no mercado internacional, são fatores limitantes aos preços.

Paralelamente, as boas perspectivas para a segunda safra no Brasil acabam pesando nos preços praticados no mercado interno. Consequentemente, os negócios, na maior parte das praças, continuam em ritmo lento nesse momento.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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