Milho: Nos EUA, plantio do milho alcança 94% e mercado recua pelo 2º dia consecutivo em Chicago

Publicado em 27/05/2015 08:33

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho operam em campo negativo na manhã desta 4ª feira. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,50 e 2,25 pontos, por volta das 8h18 (horário de Brasília). O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,53 por bushel.

O mercado consolida o segundo dia de queda consecutiva no mercado internacional. Nesse momento, o foco dos investidores é o andamento do plantio da safra 2015/16 e do comportamento do clima nos Estados Unidos. De acordo com o boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), indicou a semeadura completa em 92% da área estimada para essa temporada até o último domingo (24).

O percentual ficou em linha com a expectativa dos participantes do mercado, entre 92% a 94%. Na semana passada, a semeadura do grão estava completa em 85% da área, no mesmo período do ano passado, o índice era de 86% a média para o intervalo é de 88%.

O relatório, que foi divulgado nesta terça-feira, também indicou que, cerca de 74% das lavouras do cereal já emergiram, contra 56% observado na última semana. Enquanto isso, em torno de 74% das plantações apresenta boas ou excelentes condições, 23% estão em situação regular e apenas 3% em condições ruins.

Até o momento, o clima também tem contribuído para o desenvolvimento da cultura. As chuvas ainda têm aparecido no Meio-Oeste do país e para os próximos dias, o padrão climático deverá ser mantido.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Em meio à perspectiva de grande oferta e estoques de passagem elevados, negócios seguem lentos no Brasil

No Porto de Paranaguá, os preços da saca do milho, para entrega em outubro, recuaram 1,75% nesta terça-feira (26) e encerraram o dia com valor de R$ 28,00. Na praça de Não-me-toque (RS), o valor também recuou 2,33% e a saca do cereal terminou cotada a R$ 21,00. As informações fazem parte do levantamento realizado pelo Notícias Agrícola.

Mesmo com a forte alta do câmbio, que terminou a terça-feira a R$ 3,15, com ganho de 1,65%, a queda acentuada registrada no mercado internacional acabou pesando nos preços do cereal. O mesmo acontece no mercado interno brasileiro, diante da perspectiva de uma grande segunda safra no país, podendo ficar acima de 52 milhões de toneladas do grão, e os estoques de passagem elevados, são fatores que pressionam as cotações nesse momento.

E, de acordo com os analistas, a pressão pode ser maior com o início da colheita do cereal em alguns estados, como Paraná e Mato Grosso. Após as preocupações iniciais com o clima irregular, as chuvas observadas, especialmente nos dois últimos meses ajudaram a consolidar a safrinha brasileira.

Consequentemente, em alguns estados, as cotações recuaram aos menores patamares dos últimos seis meses, conforme dados do Cepea. E as cotações, em algumas localidades, já estão abaixo do preço mínimo fixado pelo Governo, como é o caso de MT, MS, oeste da Bahia. Em outras regiões, como no Paraná e Goiás, as cotações já se aproximam desses níveis.

Diante desse quadro, é consenso entre os analistas, de que os produtores perderam o time das vendas para o cereal. Por isso, os agricultores, que estiverem capitalizados e conseguirem segurar as vendas, poderão ter melhores oportunidades de comercialização a partir do outubro, com as exportações, segundo orientam os analistas.

Até o momento, os embarques brasileiros não são tão expressivos, já que, o foco da logística brasileira são as exportações da soja, Tradicionalmente, os embarques do cereal ganham ritmo a partir do segundo semestre. Até a terceira semana de maio, as exportações de milho totalizaram 6,1 mil toneladas do cereal, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Bolsa de Chicago

Na sessão desta terça-feira (26), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão com perdas acentuadas. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 4,00 e 5,00 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,55 por bushel, valor abaixo do observado no fechamento do último pregão, de US$ 3,60 por bushel.

As cotações futuras do cereal foram pressionadas pela alta do dólar, conforme destaque do site internacional Farm Futures. Associada a esse cenário está as condições climáticas favoráveis observadas nos Estados Unidos. As chuvas ainda têm aparecido no Meio-Oeste do país e beneficiado o desenvolvimento da cultura. E, por enquanto, as previsões ainda indicam precipitações para a localidade nos próximos dias.

"Os fortes ganhos observados no dólar pesaram sobre os preços do cereal. Por outro lado, as perdas expressivas registrada nos futuros do trigo também contribuíram para pressionar os preços do milho. Assim como, as perspectivas favoráveis para a produção norte-americana", disse Bob Burgdorfer, do site Farm Futures.

Cenário confirmado pelo produtor rural brasileiro de Faxinal (PR), Reginaldo Pavesi, que retornou da região no último domingo (24). "As chuvas continuam aparecendo nas plantações, o que tem favorecido a cultura do cereal e mantido a umidade nos solo. Com isso, o rendimento das lavouras, em algumas propriedades, pode chegar a 600 sacas do grão por alqueire", destaca o agricultor.

Consequentemente, a perspectiva dos investidores é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indique o plantio do milho completo em 92% a 94% da área destinada ao cereal no país. Na semana passada, a semeadura do grão estava completa em 85% da área. Também é esperado que órgão indique 67% das lavouras em ótimas e excelentes condições.

Outro fator que também influenciou a movimentação dos negócios nesta terça-feira foi o relatório dos embarques semanais, indicados pelo departamento. Até a semana encerrada no dia 21 de maio, as vendas totalizaram 1.006,720 milhão de toneladas. O percentual ficou abaixo do indicado na semana passada, de 1.108,998 milhão de toneladas do cereal. Entretanto, o volume ficou acima das expectativas dos participantes do mercado, entre 790 mil a 990 mil toneladas do grão.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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