Milho: Focado na safra dos EUA, mercado estende perdas na CBOT e julho/15 chega a US$ 3,50/bu
Com foco no bom andamento da safra norte-americana, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo na sessão desta quarta-feira (27). Por volta das 12h58 (horário de Brasília), os principais contratos da commodity exibiam perdas entre 3,25 e 4,00 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,51 por bushel.
O plantio do milho avançou nos Estados Unidos, passando de 85% para 92% até o último domingo (24), conforme boletim de acompanhamento de safras reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira. O índice ficou em linha com as perspectivas dos participantes do mercado, que apostavam em número entre 92% a 94%.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o plantio do cereal ainda segue um pouco mais lento nos estados do Colorado, Kansas e Texas devido às fortes chuvas. Entretanto, no geral, a semeadura do grão está mais adiantada do que se comparada com o mesmo período de 2014, quando a área cultivada era de 86%. Já a média para o intervalo é de 88%.
Paralelamente, o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições ficou em 74%, acima do esperado pelos investidores, de 67%. Ainda segundo o relatório, em torno de 23% das plantações estão em situação regular e apenas 3% em condições ruins. Até o momento, cerca de 74% das lavouras já emergiram, frente os 56% indicados na semana anterior.
Enquanto isso, as condições climáticas ainda continuam favoráveis à cultura do cereal. "Os mapas meteorológicos ainda mostram chuvas para praticamente toda a região de cultivo do grão nos próximos 6 a 10 dias", disse Bryce Knorr, do site Farm Futures.
Além disso, as agências internacionais, também destacam como fator de pressão sobre os preços do cereal, a alta do dólar frente a outras moedas. "Teoricamente, o dólar mais alto acaba deixando o produto norte-americano menos competitivo no mercado internacional, frente a produtos de outras origens", conforme explica o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.