Milho: Em Chicago, mercado tem pregão volátil e fecha o dia próximo da estabilidade; julho/15 é cotado a US$ 3,59/bu

Publicado em 03/06/2015 17:06

Em uma sessão de extrema volatilidade, as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com ligeiros ganhos, próximos da estabilidade. Ao longo dos negócios, as cotações do cereal trabalharam dos dois lados da tabela, mas encerraram o pregão com altas entre 0,50 e 1,25 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,59 por bushel, depois de alcançar o patamar de US$ 3,63 por bushel.

Segundo informações das agências internacionais, durante a sessão, os futuros do cereal encontraram suporte na queda do dólar no mercado internacional frente a outras moedas. Inclusive, essa foi a principal variável de sustentação aos preços da commodity no dia anterior.

Paralelamente, o clima que, até o momento, permanecia bastante favorável ao desenvolvimento da cultura, já está no radar dos investidores. Isso porque, as previsões climáticas indicavam tempestades que se movem dos estados de Nebraska e Dakota do Sul para Iowa. E, por enquanto, a projeção é que um novo sistema ocasione mais chuvas para as regiões durante o final de semana.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressaltou que, se houver inundações, as lavouras serão atingidas no momento de germinação. "Isso poderá acarretar em perdas, poderemos ter impactos de limitação na produtividade das plantas. E, no caso do milho, a janela de replantio já passou", afirma.

Além desses fatores, o mercado também repercutiu os dados da produção de etanol nos EUA. Segundo a AIE (Agência de Informação de Energia), até a semana encerrada no dia 29 de maio, a produção chegou a 972 mil barris diários, contra os 969 mil barris diários apontados na semana anterior. Já os estoques vieram em linha com o indicado anteriormente, de 20,1 mil barris.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega outubro, registrou alta de 1,09% e encerrou o dia a R$ 27,80. No dia anterior, a cotação ficou em R$ 27,50 a saca. O valor registrou ligeira valorização acompanhando o movimento levemente positivo registrado no mercado internacional.

Entretanto, no mercado interno, a perspectiva de uma grande safrinha, associada à projeção de estoques de passagem mais altos, ainda são fatores negativos para a formação dos preços. Na região de Diamantino (MT), as cotações do cereal recuaram de R$ 17,00, para R$ 13,00 a saca, valor abaixo do preço mínimo fixado pelo Governo Federal para o estado, de R$ 13,56/sc.

Ainda hoje, a INTL FCStone revisou para cima a projeção para a safra de milho 2014/15 no país. No total, os produtores deverão colher, entre primeira e segunda safra, cerca de 80,19 milhões de toneladas nesta temporada.

A analista de milho da consultoria, Ana Luiza Lodi, destacou que, as perspectivas para a safrinha são bastante favoráveis. "Foram registradas chuvas acima da média nos últimos meses, condição que propiciou o bom desenvolvimento das lavouras, mesmo do que foi semeado fora da janela ideal", afirma. Na segunda safra, a perspectiva é que seja colhido um volume recorde de 49,77 milhões de toneladas do grão, apesar do recuo das áreas em algumas localidades.

Já na primeira safra, os problemas em decorrentes do clima não foram significativos como o projetado anteriormente. Com isso, o número da produção foi estimado em 30,4 milhões de toneladas. No mês anterior, a projeção era de 29 milhões de toneladas.

Contudo, apesar das boas perspectivas para a produção, a consultoria ainda sinaliza que, os estoques finais poderão atingir níveis bastante elevados, alcançando os 18,36 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 24%. "As variáveis de demanda não sofreram ajustes, destacando-se que as perspectivas estão favoráveis para as exportações do cereal, que devem ganhar força no segundo semestre, em meio ao contexto de dólar forte", explica a analista.

Veja como fecharam as cotações nesta quarta-feira:

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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