Milho: Mercado opera com ligeira alta nesta 5ª feira após tocar o menor patamar das últimas cinco semanas

Publicado em 30/07/2015 08:43

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado positivo da tabela na manhã desta quinta-feira (30). Por volta das 8h22 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam leves ganhos entre 3,00 e 3,25 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,70 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,67 por bushel.

As cotações do cereal testam uma reação após as perdas mais fortes registradas no pregão desta quarta-feira. Com quedas entre 7,00 e 7,50 pontos, os vencimentos atingiram os menores patamares das últimas cinco semanas. De acordo com informações das agências internacionais, o mercado foi pressionado pelas previsões climáticas indicando um clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA.

Com isso, o sentimento do mercado é de que, apesar das chuvas recentes, não há um temor em relação à safra norte-americana de milho. Consequentemente, haverá conforto nos estoques globais do grão, conforme explica o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano. Inclusive, na última segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para cima o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, para 70%.

Ainda nesta quinta-feira, o departamento traz os novos números das vendas para exportação. Na semana anterior, as vendas da safra velha ficaram em 223,4 mil toneladas do grão, já os números da safra 2015/16 ficaram em 311,4 mil toneladas do cereal.

Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Com clima favorável nos EUA, mercado atinge o menor patamar das últimas cinco semanas em Chicago

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta quarta-feira (29) nos menores patamares das últimas cinco semanas. Os futuros do cereal terminaram o dia com quedas entre 7,00 e 7,50 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,67 por bushel, depois de trabalhar próximo de US$ 3,70 pro bushel ao longo do pregão.

Como principal fator de pressão sobre os preços do cereal está o clima no Meio-Oeste dos EUA. As previsões climáticas mais alongadas indicam chuvas dentro da normalidade para boa parte da região no período de 6 a 12 de agosto, conforme dados divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No mesmo intervalo, as temperaturas deverão ficar abaixo do normal, segundo mapa abaixo.

Chuvas nos EUA entre os dias 6 a 12 de agosto - Fonte: NOAA

Chuvas nos EUA entre os dias 6 a 12 de agosto - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA entre os dias 6 a 12 de agosto - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA entre os dias 6 a 12 de agosto - Fonte: NOAA

"Temos um clima que favorece o desenvolvimento das lavouras, tanto que, no relatório de segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou uma melhora no índice de lavouras em boas ou excelentes condições, para 70%. Nesse momento, não se vê uma preocupação ou temor em relação à produção americana e haverá conforto nos estoques globais do grão. Com isso, não haveria razão para colocar um prêmio de clima nas cotações do cereal em Chicago", explica Mário Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora.

"A falta de uma ameaça no tempo trouxe os vendedores novamente, pois não há preocupação com as temperaturas elevadas. Os mapas climáticos mantêm as chuvas dentro da normalidade no Corn Belt nas próximas duas semanas", disse Bryce Knorr, da Farm Futures.

Por outro lado, a leitura de alguns analistas é de que as informações sobre o andamento da safra de milho em outros países, que sofrem com o clima adverso, poderia servir de suporte aos preços da commodity em Chicago. Na Europa, uma das culturas mais afetadas é a do milho, porém, outros continentes como a Ásia e a África também enfrenam problemas com o clima adverso.

Produção de etanol nos EUA

Ainda nesta quarta-feira, a AIE (Agência Internacional de Energia) informou que até a semana encerrada no dia 27 de julho, a produção de etanol nos EUA totalizou 965 mil barris diários. O número representa uma queda de 8 mil barris em relação à semana anterior, quando a produção ficou em 973 mil barris diários. Já os estoques foram mantidos em 19,6 mil barris.

BM&F Bovespa

A sessão desta quarta-feira também foi negativa aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. Em meio à queda no dólar e no mercado internacional, as principais posições da commodity acumular quedas de mais de 1%. O contrato setembro/15 era cotado a R$ 26,45, com perda de 1,12%.

A moeda norte-americana fechou o dia com desvalorização de 1,18%, cotada a R$ 3,3293 na venda, depois de acumular ganhos de 6,17% nas últimas cinco sessões, de acordo com informações da agência Reuters. O movimento é decorrente da indicação do Federal Reserve, banco central norte-americano, de que a possível alta dos juros ocorrerá ainda neste ano.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega outubro/15, terminou o dia com queda de 4,84%, cotada a R$ 29,50. No dia anterior, o valor estava em R$ 31,00/saca. Além do recuo nas cotações no mercado internacional, a desvalorização do dólar também pesou sobre os futuros do cereal.

E, conforme explicam os analistas, toda vez que os valores recuam, os vendedores acabam se retirando do mercado. Isso porque, os produtores estão em uma situação pouco mais confortável nesta temporada, uma vez que boa parte da safrinha brasileira já foi negociada antecipadamente. Inclusive, os agricultores já têm realizado negócios para a próxima safrinha de milho, da temporada de 2016.

Já em relação à safra, no estado de Mato Grosso, a colheita do cereal chegou a 62,95% essa semana, conforme boletim do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). O clima mais seco tem contribuído para o andamento dos trabalhos nos campos. No Paraná, a colheita foi retomada depois das chuvas recentes e atingiu 39% da área semeada, conforme relatório do Deral (Departamento de Economia Rural). Apesar do avanço de 8% na colheita do cereal, o número ainda representa um atraso de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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