Milho: Mercado inicia a semana em campo positivo e tenta consolidar 6º pregão consecutivo de ganho

Publicado em 14/09/2015 09:52

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana em campo positivo. As principais posições do cereal exibiam ganhos de pouco mais de 1 ponto, por volta das 9h46 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel, depois de encerrar o pregão da última sexta-feira a US$ 3,87 por bushel.

O mercado ainda absorve os últimos números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último boletim de oferta e demanda. A produção de milho da safra 2015/16 foi revisada de 347,64 milhões para 345,08 milhões de toneladas. A produtividade também foi revisada para baixo de 178,65 scs/ha para 177,27 scs/ha.

Os estoques também foram revistos e baixaram de 43,53 milhões para 40,44 milhões de toneladas. "O corte do USDA na safra dos Estados Unidos contribui ainda para as altas de hoje. E a recuperação na soja vem ao lado desses ganhos do milho", disse Tobin Gorey, estrategista de commodities do Commonwealth Bank, da Austrália.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Números do USDA contribuem e preços fecham a semana com mais de 6% de alta na CBOT

Por Carla Mendes

A semana foi muito positiva para os preços do milho tanto no mercado brasileiro, quanto na Bolsa de Chicagol. No cenário internacional, os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (11) permitiram que as cotações terminassem a sessão com altas de mais de 12 pontos entre os principais vencimentos. 

No balanço semanal, portanto, os ganhos superaram os 6% em Chicago e as posições mais distantes puderam, inclusive, recuperar o patamar dos US$ 4,00 por bushel. O maio/16 encerrou os negócios com US$ 4,05, enquanto o junho/16 ficou em US$ 4,10 por bushel. "O milho foi o líder do mercado internacional de grãos nesta sexta-feira", disse Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest Commodities. 

O mercado registrou suas máximas desde 1º de setembro e acima da média móvel dos últimos 20 dias frente a uma redução da nova safra de milho dos EUA - de 347,64 milhões para 345,08 milhões de toneladas, e com os estoques finais do país sendo revisados também para baixo, de 43,53 milhões para 40,44 milhões de toneladas. Paralelamente, houve ainda um reajuste da produção mundial do grão - de 985,61 milhões para 978,1 milhões de toneladas - bem como dos estoques finais, que passaram de 195,06 milhões para 189,69 milhões de toneladas. 

USDA Milho - Setembro

"Os números que vieram para o milho chegaram dentro do que o mercado esperava, porém, nos intervalos inferiores das expectativas do mercado", diz Araújo. 

E para o analista, os preços ainda exibem algum suporte, principalmente diante das notícias que começam a chegar sobre os resultados dos primeiros trabalhos de colheita que acontecem nos Estados Unidos. 

As produtividades têm ficado abaixo do esperado no país e é preciso observar se esse quadro irá se manter. "Ainda é cedo para definirmos a produção americana, mas há essa duvida se a safra será tão boa como se esperava", explica Marcos Araújo.  

Mercado Interno

O mercado brasileiro de milho também registrou uma semana bastante positiva. Com o suporte do câmbio e referências melhores na Bolsa de Chicago, as cotações conseguiram garantir patamares importantes, principalmente no porto de Paranaguá. No balanço semanal, o preço no terminal paranaense subiu 1,54% para R$ 33,00 por saca - entrega outubro - e motivou, inclusive, uma garantia de um bom ritmo de negócios no país.

No interior do Brasil, um dos destaques foi a praça de Jataí, em Goiás, com uma valorização de 6,98% para R$ 23,00 por saca. Em Campo Novo do Parecis/MT, ganho de 6,06% para R$ 17,50 e de 3,74% em Ubiratã/PR, para R$ 22,20. 

Ainda segundo analistas, esses ganhos refletem, principalmente, o avanço da taxa cambial no Brasil. Na semana, o dólar acumulou uma alta de 0,43% sobre o real, segundo informou a agência de notícias Reuters. Nesta sexta, o ganho foi de 0,69%, com fechamento de R$ 3,8771, o mais alto desde 23 de outubro de 2002. Além das preocupações com o quadro interno do Brasil, ainda de acordo com especialistas ouvidos pela Reuters, há uma tentativas do investidores de se protegerem antes de eventos importantes esperados para os próximos dias no quadro macroeconômico. 

Assim, na BM&F, as cotações do cereal também vêm registrando uma trajetória positiva. Na sessão desta sexta-feira, os ganhos entre as posições mais negociadas variaram de 0,37% a 2,13%, com o vencimento janeiro/16 liderando os ganhos e fechando o dia com R$ 36,00 por saca. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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