Milho: Preço sobe 3,03% em Paranaguá e saca é negociada a R$ 34,00 nesta 2ª feira

Publicado em 14/09/2015 13:24

Nesta segunda-feira (14), a saca do milho para entrega em outubro/15 é negociada a R$ 34,00 no Porto de Paranaguá. O valor praticado representa uma alta de 3,03% em relação ao fechamento da última sexta-feira, de R$ 33,00 a saca. Os preços ainda encontram suporte na recente valorização do câmbio aliado aos ganhos registrados no mercado internacional nesse início de semana.

A moeda norte-americana começou a sessão em alta, porém, durante as negociações passou a operar em campo negativo. Por volta das 12h29 (horário de Brasília), o dólar era cotado a R$ 3,859 na venda, com queda de 0,46%, conforme informou o site G1. Os investidores operam com cautela à espera do anúncio de corte de gastos pelo governo do Brasil e da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, a respeito do aumento da taxa de juros no país.

O câmbio valorizado tem contribuído para a competitividade do milho no cenário internacional. Somente na primeira semana de setembro, os embarques do grão somaram 666 mil toneladas, com volume diário de 166,5 mil toneladas. De acordo com dados do Cepea, caso o ritmo permaneça acelerado, o volume total embarcado no mês poderá alcançar 3,5 milhões de toneladas.

No acumulado entre fevereiro até o dia 4 de setembro, as exportações totalizaram 6,36 milhões de toneladas de milho. Paralelamente, os preços no mercado interno continuam firmes, com o suporte do dólar frente ao real, ainda segundo dados reportados pelo Cepea.

Bolsa de Chicago

Ao longo da sessão desta segunda-feira (14), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos. Por volta das 12h29 (horário de Brasília), as principais cotações do cereal exibiam altas entre 4,00 e 5,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,92 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,88 por bushel.

Segundo explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a alta de hoje é uma continuidade do movimento positivo iniciado na última sexta-feira (11) e decorrente dos novos números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "O órgão reduziu a projeção da safra dos EUA e deixou um quadro mais ajustado entre oferta e demanda, assim como, no mercado mundial", afirma.

No relatório, o departamento revisou para baixo a safra norte-americana que passou de 347,64 milhões para 345,08 milhões de toneladas. A produtividade também foi revista e caiu de 178,65 sacas por hectare para 177,27 sacas por hectare. No caso da safra global, o órgão reduziu a produção de 985,61 milhões para 978,1 milhões de toneladas. Já os estoques finais foram estimados em 189,69 milhões, contra os 195,09 milhões de toneladas do boletim de agosto.

"Além disso, o produtor americano não está vendendo a safra. Até o momento, temos entre 25% a 30% da safra negociada, o normal para essa época do ano é de um volume negociado ao redor de 40% até 45%. E nos meses spot, o preço ainda está abaixo dos US$ 4,00 por bushel e não cobre os custos de produção, o agricultor não irá vender", diz Brandalizze.

Por outro lado, o consultor ainda destaca o conservadorismo do USDA em estimar as produções de milho ao redor do mundo. Isso porque, muitos países do Leste Europeu e da Ásia sofreram com o impacto do El Niño nas lavouras do cereal. "Somente na França, as perdas devem ficar acima de 5 milhões de toneladas devido ao calor e a falta de chuvas. Também temos perdas na Alemanha e Ucrânia", completa.

Ainda hoje, o USDA reportou novo relatório de embarques semanais. No milho, os números ficaram em 711,178 mil toneladas até a semana encerrada no dia 10 de setembro. O volume ficou abaixo das perspectivas dos participantes do mercado, que apostavam em número entre 760 mil a 940 mil toneladas do grão. No acumulado da temporada, os embarques de milho somam 1.194,131 milhões de toneladas, menor do que o observado no mesmo período do ano anterior de 1.492,064 milhão de toneladas.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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