Milho: Exportações batem novo recorde mensal em novembro com 4,75 milhões de toneladas

Publicado em 01/12/2015 14:37

As exportações de milho bateram o novo recorde mensal em novembro somando 4,75 milhões de toneladas no período, o equivalente a uma média diária de 237,9 mil t. Esse volume corresponde a um crescimento de 111% na comparação com o ano passado, onde foram embarcados 2,97 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgados nessa terça-feira (01).

Este é o segundo mês consecutivo que as vendas externas superam o volume embarcado para um mês durante toda a série histórica acompanhado pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Em outubro, as exportações atingiram 5,54 milhões de toneladas, também superando todos os volumes embarcados desde 2006 neste mesmo período.

Com isso, os analistas consideram que poderemos ter um embarque recorde de 33 milhões de toneladas milho até o final do ano comercial - em janeiro de 2016.

Conforme as estatísticas de novembro, a receita com as exportações do cereal totalizaram US$ 799,1 milhões, 52,6% acima do saldo registrado no ano anterior. Sendo assim, o faturamento do mês de outubro fechou com uma média de US$ 40 milhões/dia.

Em sua última estimativa, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) previu que os embarques de milho brasileiro podem chegar a 26,4 milhões de toneladas nesta temporada, mas o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, considera que as exportações podem atingir 33 milhões de t neste ano comercial, devido ao câmbio em alta. O último recorde foi registrado no ano comercial 2013/14, quando o país exportou 26,2 milhões de toneladas.

"As regiões mais próximas dos portos estão esvaziando seus estoques de forma mais rápida, e por isso temos preços também recordes em algumas as praças como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo", explica Molinari.

De acordo com reportagem da agência de notícias Reuters, o excesso de chuvas nos principais portos exportadores do cereal prejudicou os embarques em novembro. Em Paranaguá as precipitações obrigaram o fechamento do porto por um total de 14 dias, contra 6 dias no mesmo período de 2014, segundo estatísticas da autoridade portuária.

Em entrevista a Reuters, um funcionário de uma agência marítima que atua na atracação de navios de grãos em Paranaguá, confirmou que há navios com 35 a 40 dias de espera prevista.

No entanto, assim com foi confirmado neste mês, o atraso não deve anular as perspectivas de exportações recorde, e os embarques devem continuar em ritmo forte até o mês de fevereiro, promovendo sustentação dos preços no mercado interno.

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Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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