Milho: Em Chicago, mercado continua focado na produção americana e exibe leves quedas ao longo desta 3ª feira

Publicado em 09/08/2016 12:40

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho dão continuidade ao movimento negativo ao longo do pregão desta terça-feira (9). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 1,50 pontos, por volta das 12h06 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,23 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,33 por bushel. Já o maio/17 operava a US$ 3,50 por bushel.

"Os futuros dos grãos trabalham com movimentações modestas nesta terça-feira, mostrando sinais de acomodação antes do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim que é muito aguardado pelo mercado será divulgado na próxima sexta-feira (12)", disse Bryce Knorr, anlista e editor do portal Farm Futures.

Há muitas especulações no mercado sobre a possibilidade de revisão das projeções para a safra norte-americana. Cenário decorrente do clima que ainda continua favorecendo o desenvolvimento da produção 2016/17 e a perspectiva é que a safra supere os 370 milhões de toneladas nesta temporada.

Ainda ontem, o USDA revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições de 76% para 74%. O número ficou abaixo das apostas dos participantes do mercado, de 75%. O departamento ainda indicou que 97% das plantações estão em fase de floração, 53% em fase de formação de grãos e 9% das lavouras já estão com grãos formados.

De acordo com informações reportadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - entre os dias 16 a 22 de agosto, grande parte do Meio-Oeste deverá continuar com as altas temperaturas. No mesmo período, são previstas chuvas abaixo da normalidade.

Além disso, os participantes do mercado permanecem atentos às informações vindas do lado da demanda. Isso porque, segundo explicam os analistas, os preços mais baixos atraem demanda. Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou a venda de 162,569 mil toneladas do cereal para o México. Na semana anterior também foram relatadas vendas para destinos desconhecidos.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações do cereal testam ligeiras altas na sessão desta terça-feira (9). Perto das 12h06 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,44% e 1,22%. O vencimento setembro, referência para a safrinha, era cotado a R$ 45,70 a saca. Apenas o março/17 registrava leve queda, de 0,68%, negociado a R$ 43,70 a saca.

No Brasil, os participantes do mercado ainda acompanham a relação entre oferta e demanda. Nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) novamente revisou a safrinha para baixo. Em agosto, a entidade estimou a produção em 42.592,7 milhões de toneladas, uma queda de 22% em relação ao colhido no ciclo anterior, de 54.590,5 milhões de toneladas.

Outro fator observado são as exportações brasileiras. Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), os embarques de milho ficaram próximos de 1 milhão de toneladas em julho. O volume está bem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 8,66 mi de toneladas.

A projeção é que sejam exportadas pouco mais de 20 mi de toneladas em 2016. Porém, para se alcançar essa projeção até janeiro de 2017, o Brasil precisará embarcar uma média de 1,8 milhão de toneladas do cereal, ainda conforme dados da Conab.

Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou dois leilões de venda dos estoques públicos de milho. No total, foram ofertadas 50 mil toneladas do cereal e o volume total negociado chegou a 16.030,515 toneladas, cerca de 32,06% da oferta.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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