Milho: Em Chicago, cotações exibe leves altas na manhã desta 4ª feira, próximo a estabilidade

Publicado em 07/09/2016 08:22

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras altas na manhã desta quarta-feira (7), após fechar o pregão anterior com leves valorizações.

Os principais vencimentos exibiam ganhos entre 0,50 a 0,25 pts. Por volta das 08h10 (no horário de Brasília) o vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,17 por bushel, já o contrato março/17 era negociado a US$ 3,46 por bushel.

O analista e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer, lembra que "os investidores aguardando o início da colheita da grande safra desta temporada"

No entanto, os analistas internacionais alertam que será necessário acompanhar as previsões climáticas para as próximas semanas. Em declaração ao site Agrimoney, o corretor de futuros de Chicago, Terry Reilly, ressaltou que "os sistemas climáticos estão trazendo chuva das planícies canadenses e do norte dos Estados Unidos, para o coração do meio-oeste.”

Para o analista do Country Futures, Darrell Holaday, de fato "esta chuva podem atrasar a colheita do milho que está apenas começando a surgir em algumas áreas", mas ainda é preciso acompanhar.

Confira como fechou o mercado na terça-feira (6):

Milho: Focado nas importações, preços encerram pregão desta 3ª feira em campo positivo na BM&F

Por Fernanda Custódio

A terça-feira (6) foi positiva aos preços do milho praticados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal encerraram o pregão com valorizações entre 0,66% e 1,54%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 41,90 a saca e o novembro/16 a R$ 42,11 a saca. O março/17 fechou o dia a R$ 41,28 a saca e, apenas o setembro/17 apresentou queda de 1,28%, com a saca a R$ 34,70.

Os analistas ponderam que, os investidores ainda acompanham a decisão da  CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em aprovar o uso no Brasil de apenas uma variedade transgênica da Monsanto. Outras variedades ainda serão analisadas, o que segundo a agência Reuters, deixou as indústrias de aves e suínos que contam que a importação do cereal frustradas.

Na visão do analista de mercado da Lansing Trade Group, Marcos Araújo, "é muito difícil garantir uma segregação de uma única variedade de milho para completar a carga de um navio, por exemplo. Isso inviabiliza qualquer importação de milho norte-americano nesse momento".

Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou novamente para baixo a projeção para a safrinha de milho 2016. Em agosto, o número ficou em 42,59 milhões de toneladas, já para setembro, o órgão estimou a segunda safra em 41,12 milhões de toneladas. Com isso, a produção total deverá ficar próxima de 66,97 milhões de toneladas, uma queda de 20% em relação ao ano anterior, quando foram colhidas 84,67 milhões de toneladas.

"Apesar dessa redução, acreditamos que o pior da crise de abastecimento já passou. Se tivermos alguma pressão decorrente da falta de produto deverá ocorrer entre os meses de janeiro a março do próximo ano. Até lá, o mercado comprador do Nordeste se abastece com produto vindo da Argentina. O que tem deixado o mercado doméstico ausente de grandes compradores", explica Araújo.

O analista ainda reforça que, a perspectiva é de preços mais acomodados no mercado interno. "A não ser que ocorra uma disparada no câmbio para justificar uma alta nos preços. Ainda assim, os atuais patamares continuam bons, porém, abaixo dos picos praticados", ressalta.

A Conab informou ainda hoje que irá realizar mais dois leilões para venda dos estoques públicos de milho na próxima quinta-feira (15). Mais uma vez, a companhia irá ofertar 50 mil toneladas de milho.

No mercado interno, a terça-feira também foi de ligeira movimentação aos preços do cereal. Em Sorriso (MT), o valor praticado caiu 8,77%, com a saca do cereal a R$ 26,00, já em São Gabriel do Oeste (MS), o recuo ficou em 1,59%, com a saca a R$ 31,00. Isso porque, nesta quarta-feira (7) não haverá negociações devido ao feriado do Dia da Independência no Brasil.

Dólar

A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2081 na venda, com recuo de 2,25%. Segundo a agência Reuters, a movimentação negativa é decorrente dos dados fracos do setor de serviços dos Estados Unidos, o que reduziu as apostas dos investidores de que a taxa de juros no país seja alterada em breve.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho finalizaram a sessão desta terça-feira (6) com ligeiras altas, próximos da estabilidade após o feriado dessa segunda-feira em comemoração ao Dia do Trabalho nos EUA. As principais posições da commodity exibiram ganhos entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,16 por bushel, já o contrato março/17 era negociado a US$ 3,38 por bushel. Apenas o dezembro/16 fechou o dia estável em US$ 3,28 por bushel.

"Os preços do cereal encerraram o dia praticamente estáveis, ligeiramente mais altos, com os investidores aguardando o início da colheita da grande safra desta temporada", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures. Para a safra 2016/17, as projeções oficiais indicam uma produção ao redor de 384 milhões de toneladas do cereal.

"Enquanto os embarques de milho e o dólar mais baixo eram favoráveis, a estimativa de uma safra recorde, que está prestes a começar a ser colhida limita as tentativas de rally nos preços. Inclusive, no centro de Illinois, alguns produtores já iniciaram a colheita do grão", completa Burgdorfer.

No caso dos embarques semanais, o número para o milho ficou em 1.468,505 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 1º de setembro, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O volume ficou acima do observado na semana anterior, de 1.422,274 milhão de toneladas e das apostas dos participantes do mercado, entre 1 milhão a 1,3 milhão de toneladas.

Os investidores ainda aguardam o boletim de acompanhamento de safras, que será divulgado no final da tarde de hoje pelo USDA. Na semana passada, o departamento manteve em 75% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, 18% em condições regulares e 7% com condições ruins ou muito ruins.

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Tags:
Por:
Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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