Para Abrasem, não há motivos para sementes de milho de baixa qualidade no mercado

Publicado em 24/02/2017 14:56

A expectativa de que o Brasil sairia com uma grande segunda safra de milho e a ausência de eventos climáticos severos nos campos de sementes já são motivos suficientes para que as sementeiras se planejassem, meses atrás, para atender os produtores que estão correndo com as plantadeiras nesse período. Somados a um mercado concorrencial com todos players presentes, mais uma quantidade expressiva de empresas licenciadas, não há motivos para alguma ocorrência comprovada com sementes despadronizadas e de baixa qualidade.

“Está tudo dentro da normalidade e não há nada que justifique problemas, mesmo diante da enorme quantidade de materiais existentes”, resume José Américo Pierre Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). Mesmo sem ter lido artigo do produtor paranaense Valdir Fries, publicado em Notícias Agrícolas, dizendo o contrário (leia aqui), Pierre Rodrigues ainda comentou que estando ontem (23) em Chapecó com dezenas de produtores rurais não escutou nenhuma reclamação semelhante.

Quando muito, explica o presidente da entidade que reúne tanto as empresas de biotecnologia quanto as reprodutoras, pode faltar, “pontualmente, aqui ou ali, algum material de ponta, mas nada que justifique a compra de gato por lebre”. E, mesmo assim, continua, as empresas tem estrutura logística suficiente para correr com a reposição, “mais ainda nos estados do Sul, onde a infraestrutura de transportes é melhor e as distâncias menores”.

Lei

Quanto ao artigo 30º da Lei 10.711, que libera, pelo governo, a venda de sementes de baixo padrão em casos de emergência, José Américo Pierre Rodrigues recorda que isso só aconteceria em caso de uma “catástrofe como inundações em centenas de campos de sementes ao mesmo tempo”. Nada disso ocorreu, como se sabe.

Por fim, o presidente da Abrasem solicita que qualquer caso que possa ocorrer, mediante a Nota Fiscal o produtor deve acionar os órgãos competentes, inclusive a fiscalização federal.

Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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