Com chuvas no Corn Belt, milho fecha pregão desta 2ª feira em campo negativo na Bolsa de Chicago

Publicado em 24/07/2017 17:51

A sessão desta segunda-feira (24) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal reduziram as perdas ao longo do pregão, mas finalizaram o dia com desvalorizações entre 2,50 e 2,75 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,77 por bushel, já o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,90 por bushel.

Conforme as informações das agências internacionais, as cotações do milho foram pressionadas pela melhora no clima em partes do Meio-Oeste dos EUA no final de semana. "A percepção de ver um pouco de chuva e ter um pouco mais nas previsões está realmente batendo os mercados hoje", disse Joe Lardy, analista de pesquisa da CHS Hedging, em entrevista à Reuters internacional.

As precipitações foram registradas em algumas regiões do Kansas, Missouri, Indiana e Ohio, conforme o National Weather Service. E como as lavouras estão em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura, o clima continua no centro das atenções dos participantes do mercado.

"O modelo meteorológico mais recente tem temperaturas médias abaixo da média que se estabelecem sobre o cinturão produtor de milho. Contudo, a secura continua a ser uma preocupação em algumas áreas do Corn Belt, porém, os chuveiros desta semana pode levar algumas melhorias", destacou CHS Hedging ao Agrimoney.com.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 135 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18.

Já os embarques semanais somaram 935,262 mil toneladas de milho, na semana encerrada no dia 20 de julho. Na última semana, o número ficou em 1.122,852 milhão de toneladas. As informações foram reportadas pelo USDA.

No final da tarde desta segunda-feira, o departamento ainda reportou outro relatório importante, o de acompanhamento de safras. O USDA revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 64% para 62%. Cerca de 26% das lavouras do cereal apresentam condição regular e 12% têm condições ruins ou muito ruins.

Mercado brasileiro

No Brasil, o início da semana foi de ligeira movimentação aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 6,25% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 15,00. Em Sorriso (MT), a perda foi de 12,50%, com a saca a R$ 10,50.

No Porto de Paranaguá, a saca futura caiu 3,57%, com a saca a R$ 27,00. Na região de Londrina (PR), a perda ficou em 2,86%, com a saca do milho a R$ 17,00. Já em Campinas (SP), a saca fechou o dia a R$ 1,17%, com o preço a R$ 25,40.

Segundo dados do Cepea, o avanço da colheita da safrinha de milho tem pressionado os preços. Entretanto, as recentes altas registradas nos preços nos portos limitaram as perdas. "Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores diminuíram o ritmo de negociações na última semana, por considerarem baixos os atuais patamares de preços", destacou.

Em contrapartida, os compradores seguem com compras pontuais. Outro fator que segue no radar dos participantes do mercado é o apoio à comercialização do cereal, através dos leilões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Na bolsa brasileira, os preços também recuaram nesse início de semana. As principais posições da commodity encerraram o pregão desta segunda-feira com perdas entre 0,91% e 1,90%. O contrato setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,11 a saca e o novembro/17 a R$ 27,90 a saca.

As cotações foram influenciadas pela queda registrada nos preços no mercado internacional. Já o dólar, outro importante componente na composição dos preços, finalizou o dia a R$ 3,1476 na venda, com leve alta, de 0,22%.

A Reuters  reportou que "os investidores estão em compasso de espera em um dia de agenda vazia, mas que antecede importantes eventos econômicos internos e externos nesta semana".

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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