Diante da incerteza climática no Corn Belt, milho encerra pregão desta 5ª feira com leve alta em Chicago

Publicado em 27/07/2017 17:56

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quinta-feira (27) foi de ligeira alta aos preços do milho. As principais posições do cereal finalizaram o dia com ganhos entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,74 por bushel, enquanto o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,87 por bushel. Já o março/18 encerrou o dia a US$ 3,99 por bushel.

A incerteza sobre o clima no Corn Belt ainda permanece dando sustentação aos preços da commodity, conforme ponderou as agências internacionais. "O milho a soja também foram maiores, uma vez que a incerteza sobre o impacto da secura em partes do Meio-Oeste dos EUA sustentava os preços, apesar das chuvas e das temperaturas mais baixas essa semana", destacou a Reuters internacional.

Como as lavouras de milho estão na fase mais importante do desenvolvimento, a polinização, o foco dos participantes do mercado permanece no comportamento climático. No início da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu de 64% para 62%, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições.

"Iowa, sul de Minnesota e Nebraska parecem ficar mais seco no início de agosto, temperaturas mais baixas vão diminuir a perda de umidade, mas as ameaças aos rendimentos de milho e soja nos EUA continuam", disseram analistas da Thomson Reuters Agriculture Research em uma atualização diária.

Nos próximos 8 a 14 dias, as temperaturas deverão ficar dentro da normalidade e abaixo da média em algumas regiões do Corn Belt. Por outro lado, as chuvas deverão ficar abaixo da média em grande parte do cinturão produtor, segundo últimos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA divulgou seu novo boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda. Na semana encerrada no dia 20 de julho, as vendas ficaram 92 mil toneladas referentes à safra velha e 486,6 mil toneladas da safra 2017/18.

Mercado brasileiro

A quinta-feira foi de calmaria e sem grandes movimentações nos preços do milho no mercado interno. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor subiu 2,22% no Oeste da Bahia, com a saca cotada a R$ 23,00. Já em Campinas (SP), o ganho foi de 1,99%, com a saca a R$ 25,60. Por outro lado, em Brasília, a perda foi de 1,03%, com a saca a R$ 19,30.

No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura a R$ 27,00. Conforme destacam os analistas, o mercado ainda sente a pressão do avanço da colheita da safrinha no Brasil. Levantamento da agência Safras & Mercado aponta para uma área colhida de 40,4% até o momento. O índice está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 56%.

Outro fator que também continua no radar dos investidores são os leilões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Hoje, a entidade negociou 100% do total ofertado, de 692 mil toneladas do leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e 60 mil toneladas no caso do leilão de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto).

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Já na BM&F Bovespa, o dia foi de leve movimentação nos preços do milho. As principais posições do cereal finalizaram a sessão desta quinta-feira com perdas entre 0,36% e 0,42%. Apenas o janeiro/18 subiu 0,24% e finalizou o pregão a R$ 28,87 a saca. A referência para a safrinha, o setembro/17, encerrou o dia a R$ 25,93 a saca.

Apesar da leve alta em Chicago e no dólar, as cotações recuaram. No caso da moeda norte-americana, o ganho foi de 0,38% e o câmbio encerrou o dia a R$ 3,1561 na venda. "O dólar teve um movimento de correção diante da agenda política ainda tranquila e acompanhando o mercado externo", informou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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