Milho: Cotações têm semana positiva no mercado interno e saca bate R$ 48,00 em Ponta Grossa (PR)

Publicado em 16/03/2018 17:39

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As cotações do milho praticadas no mercado doméstico permanecem firmes. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Ponta Grossa (PR), o valor subiu 45,45% na semana, com a saca a R$ 48,00. Na localidade de Campo Grande (MS), o ganho foi de 13,79%, com a saca do cereal a R$ 33,00.

Na região de Sorriso (MT), a alta foi de 13,33%, com a saca a R$ 17,00. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), os valores subiram 11,54%, com a saca a R$ 29,00. Na praça de São Gabriel do Oeste (MS), a alta ficou em 9,38%, com a saca a R$ 35,00. Em Campinas (SP), a saca encerrou a semana a R$ 44,60, com ganho de 4,69%. Já em Paranaguá, a semana foi de queda, de 1,49%, com a saca do cereal a R$ 33,00.

"A restrição vendedora e as incertezas quanto à segunda safra nacional e à produção argentina impulsionam os preços de novos negócios", informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em seu comentário semanal.

Por outro lado, a colheita da 1ª safra de milho caminha mais lentamente nesta temporada. Conforme dados da AgRural, divulgados nesta sexta-feira, em torno de 34% da área cultivada foi colhida no Centro-Sul do país. No mesmo período do ano anterior, cerca de 47% da área já havia sido colhida e a média dos últimos cinco anos é de 45%.

Já na BM&F Bovespa, as cotações cederam no final de semana. Nesta sexta-feira, os principais vencimentos recuaram entre 0,83% e 3,69%. O maio/18 trabalhava a R$ 38,45 a saca e o julho/18 operava a R$ 35,07 a saca.

Conforme informações da Radar Investimentos, a oferta do cereal apresentou ligeira melhora no final dessa semana. "O fluxo de notícias sobre a intervenção do governo com leilões e que UE pretende suspender parte das exportações de frango também fica no radar dos produtores e indústrias de consumo neste momento", informou em seu comentário diário a Radar Investimentos.

Ainda hoje, a assessoria de imprensa do diretor de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, confirmou a realização de uma reunião com membros do Ministério da Fazenda. A expectativa é que sejam discutidos o volume de milho que serão colocados à venda, bem como o valor da venda e as datas dos leilões.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), a semana foi negativa aos preços futuros do milho. As principais posições da commodity recuaram mais de 1%, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Nesta sexta-feira (16), os contratos recuaram entre 2,50 e 4,00 pontos. O maio/18 era cotado a US$ 3,82 por bushel e o julho/18 era cotado a US$ 3,91 por bushel.

Conforme dados das agências internacionais, as cotações acompanharam as perdas mais fortes registradas nos contratos do trigo. Hoje, as principais posições do cereal caíram mais de 10 pontos em Chicago, com o maio/18 cotado a US$ 4,67 por bushel e o julho/18 negociado a US$ 4,85 por bushel.

"Os preços do milho foram influenciados pelas perdas registradas nas cotações do trigo. Por sua vez, o trigo foi pressionado pela perspectiva de chuvas nesse final de semana em algumas regiões nos Estados Unidos, que podem aliviar o estresse em algumas lavouras", reportou a Reuters internacional.

Na visão do analista da Midwest Marketing Solutions, Brian Hoops, "há fundamentos baixistas e movimentação técnica que pressionam as cotações do trigo". Além disso, diante da consolidação da produção no Mar Negro, Rússia e Ucrânia, os compradores não estão tão preocupados com a seca nos EUA, ainda segundo reportou um comerciante à Reuters.

Outro fator que ainda segue no radar dos participantes do mercado é o clima na Argentina. Apesar dos mapas indicarem algumas chuvas, a leitura dos participantes do mercado é de que as precipitações cheguem tarde demais em algumas áreas.

Essa semana, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) revisou para baixo as estimativas para as produções de soja e milho da Argentina. No caso do cereal, a produção baixou de 35 milhões para 32 milhões de toneladas. As perdas mais expressivas são registradas nas regiões de Entre Rios, Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires.

Paralelamente, a forte demanda pelo produto americano também segue no radar. As vendas semanais, reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ultrapassaram as 2 milhões de toneladas. O volume acumulado na temporada está próximo de 43.631,6 milhões de toneladas.

Em contrapartida, a nova safra americana também tem a atenção dos traders. Essa semana, a consultoria Allendale, estimou a área cultivada com o milho no país em, 35,82 milhões de hectares, contra os 36,42 milhões de hectares estimados pelo USDA.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Victor Benso Major Vieira - SC

    Qual seria o volume negociado neste valor em PG?

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    • Adriano Marcelo Carneiro dos Santos Ponta Grossa - PR

      Será que não houve um engano na divulgação deste preço de R$ 48,00 ?? Pois tem rodado por aqui nos Campos Gerais, negócios no R$ 40,00 fob ou 42,00 a 42,50 no cif fabrica dos Campos Gerais. Esta notícia fez um reboliço no mercado, compradores e vendedores estão todos questionando.

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    • Valdir Silva Itapeva - SP

      Pode até ser questionável o preço, mas pelo que tem nas cotações o site da cooperativa indica isso mesmo R$ 48,00/sc...

      http://www.coopagricola.com.br

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