Clima americano pressiona e cotações do milho voltam a subir em Chicago

Publicado em 22/05/2019 12:26

Os preços internacionais do milho futuro abriram o dia com desvalorizações na Bolsa de Chicago (CBOT), mas com o decorrer da quarta-feira (22) a tendência se inverteu, e agora as principais cotações registravam pequenos ganhos entre 0,75 e 2,50 pontos por volta das 12h14 (horário de Brasília).

O vencimento julho/19 era cotado à US$ 3,95, o setembro/19 valia US$ 4,04 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,12.

Segundo informações da Agência Reuters, as quedas do início da manhã já eram esperadas como retrocesso técnico após sete dias consecutivos de ganhos para o milho. Porém, a manutenção das preocupações com o atraso do plantio mantiveram as quedas controladas e já voltam a influenciar as pequenas valorizações.

De acordo com previsões de institutos norte-americanos de meteorologia, a parte sul do cinturão produtor dos Estados Unidos deverá registrar condições ainda mais severas de clima nestes próximos dias.

Estados como o Arkansas e Missouri, além de partes do Texas, de Oklahoma, Kansas e o sul de Iowa devem ser atingidos por um sistema levando tornados e tempestade, além de chuvas fortes, granizo e ventos severos.

“O ritmo de plantio de soja, milho e trigo está por trás de suas médias, e mais chuvas já estão caindo ou devem cair, o que impedirá que os produtores completem o trabalho de campo”, destacou o analista da Successful Farming, Tony Dreibus.

B3

Já a bolsa brasileira apresenta desvalorização nesta quarta-feira. As principais cotações apresentam quedas entre 1,16% e 3,08% por volta das 12h13 (horário de Brasília).

O vencimento julho/19 era cotado à R$ 34,19, o setembro/19 valia R$ 34,90 e o novembro/19 era negociado por R$ 36,46.

A Agrifatto Consultoria destaca que, após rodadas de valorizações para os futuros do milho, acumulando altas ao redor de 12% nos últimos 10 dias, o pregão ontem já registrou correção, caindo ao redor de 1,2%, tendência mantida hoje.

‘Os ajustes acontecem na esteira de um dólar mais fraco, caindo hoje para R$ 4,05, além de desvalorizações para os futuros do milho e do trigo na bolsa de Chicago. A chegada do milho safrinha ao mercado também tem potencial de manter as cotações mais frias, e possivelmente, abrindo janela de oportunidades para originação do insumo, já que a demanda mais aquecida ao longo do 2º semestre deve gerar novas pressões positivas”, dizem os analistas.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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