Colheita de milho avança e preços seguem firmes no Paraná

Publicado em 21/07/2020 11:25

As máquinas avançam na colheita da segunda safra de milho no Paraná e já tiraram do campo mais de 11% do que deve ser produzido nos 2,25 milhões de hectares dedicados à cultura nesta temporada. Em condições dentro da média histórica, seria comum que com a oferta maior do produto as cotações do cereal tivessem queda nessa época do ano. Mas não é o que está acontecendo. Nesta segunda-feira (20), praticamente todas as principais praças paranaenses praticam preços na casa dos R$ 40 a saca.

O técnico Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da FAEP, aponta que o principal fator para explicar essa conjuntura incomum é o dólar alto (R$ 5,38 neste dia 20 de julho). “O dólar está em patamar bastante elevado, apresenta uma alta de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. É uma relação bastante direta. A alta do dólar é bem parecida com a alta do preço da saca, que subiu 43% na comparação julho de 2020 com julho de 2019”, reflete.

Outro aspecto importante, para Ferreira, é a quebra da safra no Paraná. A estimativa era que o Estado poderia produzir até 13,9 milhões de toneladas. Essa previsão foi reduzida pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), para 11,4 milhões de toneladas. “ A perspectiva de produção menor é algo em torno de 15%. A explicação para isso vai desde o ataque da cigarrinha até problemas climáticos”, detalha o técnico.

Ferreira pondera que a colheita ainda está no começo e que é preciso olhar com cautela para esses preços. “Temos em torno de 11% da área colhida, com uma comercialização bem avançada, com cerca de um terço do que deve ser colhido já negociada. Isso é um recorde histórico e mais um fator que contribui para termos preços do milho elevados”, diz. “É cedo, mas dá para dizer que essa faixa de preços tende a se manter e compensar pelo menos em parte a perda na produção”, completa.

Tags:

Fonte: FAESC

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Milho recua na B3 nesta 6ªfeira, mas ainda acumula valorizações ao longo da semana
Mercado do milho brasileiro atento ao clima e ao câmbio nessa reta final de 2025
Milho anda de lado em Chicago nesta sexta-feira já entrando em ritmo de final de ano
Bom resultado de vendas nos EUA ajuda milho a se valorizar em Chicago nesta quinta-feira
Brasil exportou mais milho em novembro de 2025 do que no mesmo mês de 2024
USDA informa novas vendas de 493,3 mil t de milho para Colômbia e México