Brasil exporta 1,3 milhão de toneladas de milho em uma semana, mas média diária de outubro segue inferior ao ano passado

Publicado em 26/10/2020 15:53

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a quarta semana de outubro.

Nestes 16 dias úteis do mês, o Brasil exportou 4.311.607,5 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 1.377.828,2 toneladas com relação ao registrado até a semana anterior, aumento de 46,96%. Este volume já representa 65,24% de tudo o que foi embarcado durante o mês de setembro inteiro (6.608.121,8 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques ficou em 269.475,5 toneladas, patamar 14,36% menor do que a média do mês passado (314.672,5 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 1,58% menor do que as 273.806,6 do mês de outubro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 733.922,3 no período, contra US$ 993.719,5 de todo outubro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou acréscimo de 1,55% ficando com US$ 45.870,1 por dia útil contra US$ 45.169,1 em outubro do ano passado.

Já o preço por tonelada obtido registrou elevação de 3,18% no período, saindo dos US$ 165,00 do ano passado para US$ 170,20 neste mês de outubro.

Para o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o volume das exportações é um dos fatores que podem mexer com as cotações do cereal no país. Até o momento, o Brasil já embarcou 27,384 milhões de toneladas pelos dados da Secex diante da projeção de 34,5 milhões para o ciclo todo.

Caso a exportação fique abaixo da projeção os preços internos podem ficar mais baixos com a sobra de volume no mercado. Já caso fique na meta ou supere, os preços podem voltar a subir com a diminuição dos estoques de passagem.

De janeiro a setembro, os principais destinos das 20.138.811 toneladas de milho brasileiro foram Irã (12%), Japão (10%), Espanha (9,1%), Vietnã (8,5%), Egito (8,4%), Taiwan (7,9%) e Coréia do Sul (7,1%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (65,7%), seguido de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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