Safrinha: Após frio intenso, índice de lavouras ruins dobra no MS e preço da saca sobe 16,38% no estado, aponta Famasul

Publicado em 07/07/2021 14:05 e atualizado em 07/07/2021 14:42

 

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou nesta quarta-feira (7) seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.  

De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul  segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. Após a geada na semana passada, no entanto, a produtividade do estado foi revisada e está estimada em 52,3 sacas por hectares, gerando uma produção de  6,285 milhões de toneladas.

"A semana passada foi marcada por geada nas regiões centro, oeste, sul, sudoeste, sul-fronteira, sudeste, ocorrendo redução drástica na produção. As condições se agravaram em todo o estado devido aos efeitos climáticos de estiagem, granizo e geada. Resultando na quebra de 2,722 milhões de toneladas diante da primeira expectativa de produção", destacou a publicação. 

Diante deste cenário, apenas 1% das lavouras foi avaliado em boa condição, 38% são consideras com condição regular e os outros 61% foram considerados ruins. Na semana anterior, esses índices eram de 6%, 55% e 39%. 

"No início da 2ª safra de milho 2020/2021 havia a expectativa de um volume 9,013 milhões de toneladas de grãos e uma produtividade média de 75 sc/ha. Entretanto, a ocorrência de  adversidades climáticas nas principais regiões produtoras do estado, em especial o reduzido volume de chuvas, afetaram diretamente o desenvolvimento fenológico e a granação do milho, levando a maioria das lavouras a serem enquadradas na classificação regular e ruins", acrescenta. 

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo.

Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Em relação aos preços, o preço da saca no estado apresentou valorização de 16,38% entre 28/06 a 05 de julho de 2021. O cereal encerrou o  período negociado a R$ 84,38. "O cenário de  valorização do cereal no mercado externo somado à redução na oferta possibilitaram a alorização
nos preços do milho no Mato Grosso do Sul", explica. 

Já no que diz respeito à todo o período de junho de 2021, o valor médio foi R$ 84,38/sc,  representou alta de 119,28% em relação ao valor médio de R$ 38,48/sc no mesmo período de 2020.

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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