Milho tem semana agitada marcada pelo clima e novos dados do USDA; B3 fecha em alta

Publicado em 13/05/2022 17:09

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A semana foi agitada para o mercado de grãos e um dos destaques se deu entre os preços do milho. Os traders tiveram de digerir diversos números novos reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ao mesmo tempo em que monitoravam condições adversas de clima em importantes países produtores do cereal, entre eles o Brasil. 

Assim, como resumiu o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, ""para a próxima semana olhos grudados no avanço do plantio nos EUA, o estrago do clima seco na Europa, os ajustes do USDA, inundações na China e geadas no Brasil". 

Somente nesta sexta-feira (13), os futuros do milho na B3 subiram até 2,59%, como foi o caso do contrato julho/22, que fechou o dia com R$ 96,58 por saca. Nos vencimentos mais distantes, os indicativos seguem acima dos R$ 100,00 e acumulam bons ganhos no balanço semanal. 

O mercado refletiu rapidamente as preocupações com as condições climáticas em regiões produtoras do Brasil, principalmente depois dos alertas de geadas para alguns locais. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o meteorolgista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorolgia) Francisco de Assis Diniz, falou sobre a confrimação de algumas geadas em áreas do Sul do MS , Sul de MG e várias áreas da região Sul e de SP. 

No entanto, Assis explica também que é importante acompanhar e entender qual será a intensidade deste fenômeno. 

Ainda assim, apesar do avanço dos preços, a semana vai teminando com poucos novos negócios tendo sido efetivados com milho no mercado brasileiro. Segundo o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os produtores aguardam para avançar com suas vendas, bem como os compradores ainda esperam pela chegada da oferta da safrinha brasileira. 

"A comercialização da safrinha está perto dos 30%, ou mais ou menos umas 25 milhões de toneladas das mais de 80 milhões de toneladas que temos como expectativa de colheita. Assim, deverá haver muito milho livre à frente e as indústrias estão de olho nisso, sem avançar nas compras. Desta forma, o mercado segue com mais interesse nos portos do que no interno, com o interno ficando atrelado a pequenos consumidores", explica Brandalizze.

Ainda segundo o consultor, os portos seguem dando chances acima dos R$ 100 por saca, principalmente nas posições mais distantes.

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, a semana também foi forte e expressivamente marcada pelos números do USDA. O mercado subiu acompanhando o atraso no plantio dos Estados Unidos e as projeções de uma oferta - inclusive global - menor na próxima temporada, porém, realizou lucros nesta sexta-feira e fechou no vermelho. 

Assim, os futuros do milho terminaram o pregão com baixas de 4,25 a 19 pontos nos contratos mais negociados, com o julho sendo cotado a US$ 7,81 e o setembro a US$ 7,51 por bushel. 

O mercado na CBOT também foi pressionado, segundo explicou Eduardo Vanin, por uma nova estimativa de área trazida por uma consultoria privada nesta sexta indicando um aumento no milho e uma redução na soja para 2022/23, ao contrário do que o USDA ainda estima em suas projeções. 

"E o mercado fez o movimento contrário do que fez ontem, comprando posições de soja e vendendo de milho", diz.  
 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @noticiasagricolas
Fonte:
Notícias Agrícolas

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