Milho fica em campo misto na B3, mas fecha a semana em alta apoiado na demanda

Publicado em 05/08/2022 16:51
Chicago sobe nesta 6ªfeira, mas acumula desvalorização semanal

A sexta-feira (05), que por um período foi altista para os preços futuros do milho, finalizou com movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações tiveram poucas flutuações e ficaram na faixa entre R$ 87,29 e R$ 93,25. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 87,29 com queda de 0,07%, o novembro/22 valeu R$ 89,51 com alta de 0,18%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,46 com elevação de 0,06% e o março/23 teve valor de R$ 93,25 com perda de 0,16%. 

Já na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 2,03% par ao setembro/22, de 1,98% para o novembro/22, de 2,20% para o janeiro/23 e de 1,35% para o março/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (29). 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira operou mais alto em parte do dia seguindo a lógica de negócios nos portos e produtores segurando as vendas, mas sentindo um pouco de pressão do recuo do dólar. 

“Estamos em pico de colheita, com 85% da safra colhida e as cotações segue se mantendo acima de R$ 90,00 na média do porto. O mercado é firme”, afirma Brandalizze. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma semana de preços pouco alterados, mas melhor sustentados, após passar pelo maior peso com a entrada da safrinha e ritmo de negócios mais lento nas principais praças brasileiras. 

Segundo a SAFRAS Consultoria, o mercado permanece travado, com os produtores optando pela retenção, ainda aguardando as definições em torno da safra norte-americana. “Nesse sentido, o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no próximo dia 12 será essencial”, avalia SAFRAS. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou ganhos ao longo do último dia da semana. A única desvalorização registrada pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas aconteceu em Dourados/MS. Já as valorizações apareceram nas praças de Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Amambai/MS, Machado/MG e Porto Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com o posicionamento do Brasil nas exportações e a demanda no mercado doméstico firme, o milho com referência em Campinas/SP segue cotado acima dos R$ 82,00/sc”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as movimentações da semana acumulando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro nesta sexta-feira. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,10 com valorização de 8,00 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,10 com alta de 3,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,18 com ganho de 3,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,22 com elevação de 3,75 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (04), de 1,33% para o setembro/22, de 0,66% para o dezembro/22, de 0,65% para o março/23 e de 0,65% para o maio/23. 

Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam recuos de 0,97% para o setembro/22, de 1,61% para o dezembro/22, de 1,28% para o março/23 e de 1,27% para o maio/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (29).

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho ficaram firmes em Chicago neste final da semana apoiados em um movimento de compras técnicas. 

Mesmo assim, as condições de clima para o desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos seguem no radar do mercado. “A maior parte dos Estados Unidos está entrando no início da temporada de enchimento com calor e chuvas esparsas a curto prazo, antes que chuvas maiores sejam esperadas nas áreas leste e centro-norte neste fim de semana”, disse a Futures One em nota aos clientes.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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