Cotações do milho saltaram quase 15% na Bolsa de Chicago ao longo de 2022

Publicado em 30/12/2022 17:01
Interrupção de fornecimento pela Guerra e clima na Argentina catapultaram os preços ao longo do ano

A sexta-feira (30) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro se mantendo próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,78 com queda de 1,00 ponto, o maio/23 valeu US$ 6,78 com baixa de 1,00 ponto, o julho/23 foi negociado por US$ 6,71 com perda de 1,00 ponto e o setembro/23 teve valor de US$ 6,27 com desvalorização de 2,75 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (29), de 0,15% para o março/23, de 0,15% para o maio/23, de 0,15% para o julho/23 e de 0,32% para o setembro/23. 

Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam elevações de 1,80% para o março/23, de 1,95% para o maio/23, de 1,98% para o julho/23 e de 1,79% para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (24). 

Ao longo do mês de dezembro, as cotações registraram ganhos, de 1,65% para o março/23, de 1,95% para o maio/23, de 1,82% para o julho/23 e de 2,62% para o setembro/23, em comparação ao fechamento do dia 30 de novembro. 

Já quando a comparação é anual, a valorização de cereal foi de 14,33% para o vencimento março, de 13,95% para o vencimento maio, de 13,15% para o vencimento julho e de 11,57% para o vencimento setembro, levando-se em conta os valores de março/22, maio/22, julho/22 e setembro/22 no último dia de pregão de 2021. 

Segundo informações da Agência Reuters, os preços do milho em Chicago não tiveram grandes alterações nesta sexta-feira, em meio a uma desaceleração nas vendas dos agricultores e preocupações com danos causados na safra de trigo dos Estados Unidos. 

PJ Huffstutter da Reuters Chicago, destaca ainda que, no comparativo anual, as cotações do milho se valorizaram na Bolsa norte-americana, sustentadas pela interrupção no fornecimento mundial causada pela Guerra entre Rússia e Ucrânia e pela seca na Argentina que se seguiu à seca na Europa. 

O analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, relata que a perda mundial de milho foi de 60 milhões de toneladas em 2022, somando-se as diminuições nos Estados Unidos, Europa e China, e acredita em um 2023 de preços elevados para estimular os produtores a aumentar a produção do cereal. 

B3 

Nesta sexta-feira a Bolsa Brasileira (B3) não operou e irá voltar as atividades apenas em 2023. Porém, os preços futuros do milho acumularam valorizações semanais e mensais.  

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram elevações de 2,02% para o janeiro/23, de 1,73% para o março/23, de 1,71% para o maio/23 e de 1,62% para o julho/23, em relação ao fechamento da última quinta-feira (23). 

Ao longo do mês de dezembro, as cotações contabilizaram ganhos, de 1,66% para o janeiro/23, de 1,95% para o março/23, de 2,22% para o maio/23 e de 0,59% para o julho/23, em comparação ao fechamento do dia 30 de novembro. 

Já quando a comparação é anual, a valorização de cereal foi de 1,27% para o vencimento janeiro, de 1,15% para o vencimento março, de 7,55% para o vencimento maio e de 4,15% para o vencimento julho, levando-se em conta os valores de janeiro/22, março/22, maio/22 e julho/22 no último dia de pregão de 2021. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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