Colheita do milho passa dos 94% no Mato Grosso do Sul, indica Aprosoja

Publicado em 28/08/2024 10:32

A  Aprosoja MS divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.  De acordo com o levantamento, os trabalhos de colheita da segunda safra de milho saíram dos 91% registrados até a semana anterior para 94,4% do total semeado. Este índice é 40,5 pontos percentuais superior ao contabilizado no mesmo período de 2023.    

Olhando para as lavouras ainda em campo, os técnicos da Aprosoja classificaram 37,5% das áreas como boas, 25,6% como regulares e 36,9% como ruins. Esses índices foram ligeiramente inferiores aos registrados na semana anterior que eram de 37,7% de boas, 25,6% médias e 36,8% ruins.          

Após uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção inicialmente esperada de 11,485 milhões de toneladas foi reduzia em 19,1%, ficando agora em 9,285 milhões de toneladas, 34,7% a menos do que a safra passada. Já a produtividade é prevista em 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7%.     

“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. Esta condição adversa impactou uma área total de 819 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. Notavelmente, a região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação considerável. Além das baixas produtividades registradas no campo, também observamos perdas totais da produção. Em alguns casos, o produtor optou por suprimir a vegetação e deixá-la como cobertura do solo, uma vez que a colheita não seria economicamente viável”, explica a associação.     

A publicação ressalta, por fim, que “é crucial enfatizar que esses dados são preliminares, pois a amostragem das áreas continua, com conclusão agendada para 13 de setembro”. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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