Com dólar em alta nesta segunda-feira, preços do milho estendem ganhos na B3

Publicado em 09/12/2024 16:50
Chicago também sobe de olho nas exportações e no estoque final dos EUA

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A segunda-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). 

A análise da Agrinvest destaca que, após registrarem altas na B3 na semana passada, impulsionadas pela alta de Chicago e valorização cambial, novamente os preços seguiram firmes com o dólar em alta. 

“O mercado continua atento à janela de plantio do milho safrinha. Há expectativa de bons acumulados de chuva para fevereiro, o que poderia impactar a colheita da soja e posteriormente a semeadura do milho”, dizem os analistas da consultoria. 

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até aqui em dezembro atingiu 1.170.875,5 toneladas. O volume representa 19,3% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 6.063.815,9 toneladas.                              
                               
Sendo assim, a média diária de embarques nestes 5 primeiros dias úteis do mês ficou em 234.175,1 toneladas, representando queda de 22,8% com relação a média diária embarcadas de dezembro do ano anterior, em ficou em 303.109,8 toneladas.       

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, compradores domésticos seguem afastados do mercado spot e as exportações brasileiras de milho, assim como verificado ao longo de toda a atual temporada, estão em ritmo muito lento.  

“Apesar disso, vendedores também se retraíram do spot nacional na última semana, e os preços do milho reagiram. Enquanto compradores estão de olho no clima favorável, que pode resultar em maior volume de milho nos próximos meses, e na lentidão das exportações, que pode aumentar os estoques de passagem, vendedores estão atentos ao desenvolvimento das lavouras da safra verão. Assim, no geral, a liquidez é baixa”, indicam os pesquisadores do Cepea  

“É comum que as negociações no físico nacional se reduzam nesta época do ano. Além de agentes trabalharem com o produto em estoque e/ou comprometido em períodos anteriores, muitos evitam comercializar o cereal por questões fiscais”, ressalta a publicação.   

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais quedas do que altas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Maracaju/MS e Campo Grande/MS, enquanto as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Sorriso/MT, Dourados/MS e Machado/MG. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Na B3, o vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 74,85 com valorização de 1,22%, o março/25 valeu R$ 73,11 com elevação de 0,36%, o maio/25 foi negociado por R$ 71,13 com alta de 0,11% e o julho/25 teve valor de R$ 68,59 com ganho de 0,29%. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro encerraram as movimentações desta segunda-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT). 

Os futuros do milho fecharam com altas sustentadas pelo programa de exportação dos Estados Unidos, conforme informou a análise da Agrivnest. 

“O total comprometido de milho 24/25 dos EUA está em 34,191 milhões de toneladas, bem à frente das 25,747 milhões do ano passado. A ausência do brasil e quebra na safra da Ucrânia seguem favoráveis para a boa demanda do milho norte-americano. Com isso, é esperado um corte nos estoques finais dos EUA 24/25 no próximo relatório do USDA”, apontam os analistas da consultoria. 

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,34 com valorização de 3,25 pontos, o março/24 valeu US$ 4,41 com ganho de 1,75 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,47 com alta de 2,50 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,50 com elevação de 2,75 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,75% para o dezembro/24, de 0,40% para o março/25, de 0,56% para o maio/25 e de 0,61% para o julho/25. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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