INTERNACIONAL: EUA esperam aumento nas exportações de soja e de milho
Segundo o site norte-americano de informações agrícolas Agweg, o mercado espera uma maior participação norte-americana nas exportações de estão milho, pois os analistas prevendo safras menores nos demais países exportadores.
“As exportações de milho em 2009/10 estão projetadas em 2,2 bilhões de bushels, volume 237 milhões abaixo recorde exportado em 2007/08, porém, 350 milhões acima das exportações registradas em 2008/09”, informou Darrel Good, economista da Universidade de Illinois.
“A parte dos EUA nas exportações mundiais de milho deve crescer: no ano passado eram 60% do volume mundial e este ano serão 65% do volume global”. Darrel Good expica ainda que uma maior participação norte-americana no mercado exportador reflete as previsões de safras menores em outros países exportadores, como Canadá, África do Sul e China.
Além disso, as expectativas mostram que o volume total de milho comercializado deve crescer em torno de 275 milhões de bushels, ou próximo de 9%, devido às safras menores na Europa e no México e ao consumo crescente da China.
“As exportações de soja durante o ano comercial estão projetadas em 1,28 bilhões de bushels, seguindo a tendência do ano 2008/09. A parte norte-americana no mercado exportador de soja está avaliada em 45%, quase igual ao registrado no ano passado, já que a comercialização de soja deve crescer apenas 25 milhões de bushels, ou 0,9%”, informou Good.
Os produtores dos EUA também esperam um aumento nas importações do Japão e do México, mas uma diminuição nas importações do oeste Europeu e da China.
Um dos fatores que mais devem influenciar a demanda por soja dos EUA durante o último semestre do ano comercial de 2009/10 é o tamanho da produção da Argentina e do Brasil.
“A produção argentina em 2009 estava 31% abaixo do registrado em 2008, devido à estiagem que atingiu o país. A produção no Brasil caiu 7%. Como resultado da queda na produção, as exportações da Argentina caíram de 510 milhões de bushels para 220 milhões de bushels. As exportações de soja do Brasil, no entanto, subiram de 930 milhões de bushels em 2007/08 para 1,08 bilhões em 2009/10. Os estoques estão consideravelmente reduzidos em ambos os países”, explicou Good.
Para a colheita de 2010, o USDA prevê um aumento de 2 milhões de acres na área plantada em soja no Brasil e um aumento de 5 milhões de acres na Argentina.
“A volta dos rendimentos normais poderá resultar em aumentos de produção que devem totalizar 700 milhões de bushels na Argentina e 185 milhões de bushels no Brasil. O USDA espera que as exportações da Argentina aumentem em 140 milhões de bushels e o que no Brasil elas tenham redução de 180 milhões de bushels no ano comercial de 2009/10”, afirmou o economista.
Exportações norte-americanas
“As exportações de milho nas primeiras quarto semanas e meia neste ano comercial foram registradas em 182 milhões de bushels, isto é, 16 milhões de bushels acima do total registrado no ano passado. As exportações devem ficar em torno de 42 milhões de bushels por semana, para alcançar a projeção do USDA para este ano”, explicou Good.
Até o dia 24 de setembro deste ano, o USDA registrou a venda de um volume de 466 milhões de bushels de milho, porém, o volume total ainda não foi embarcado. Isso excede as vendas do ano passado, que ficaram em 60 milhões de bushels.
Já as exportações de soja dos EUA nas primeiras quatro semanas e meia do novo ano comercial estavam em 39 milhões de bushels, volume próximo do registrado no ano anterior. Os embarques estão pequenos, como costuma acontecer nas primeiras 5 ou seis semanas no ano comercial, período em que as exportações da América do Sul dominam o mercado.
Até o dia 24 de setembro de 2009, o USDA registrou a venda de 714 milhões de bushels de soja dos EUA, mas o volume ainda não foi embarcado. O volume é quase o dobro do que foi registrado no mesmo período do ano passado. O grande aumento nas vendas se deve às exportações para a China, que cresceram 120%, e os demais destinos cresceram 290%. A China comprou 450 milhões de bushels de soja norte-americana para o atual ano comercial, o que significa 61% do total de exportações dos EUA.
O economista Darrel Good ressalta que, embora as previsões de exportação de soja e de milho dos EUA são otimistas, o tamanho das safras norte-americanas irão dominar os preços das commodities pelas próximas semanas. O USDA irá atualizar suas projeções de produção no dia 9 de outubro.
Fernanda Bellei
Com informações do site Agweb
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