A redução de 9% na área cultivada vem sendo totalmente neutralizada por um aumento (previsto em 10,7%) na produtividade e, assim

Publicado em 10/03/2010 09:11
A redução de 9% na área cultivada vem sendo totalmente neutralizada por um aumento (previsto em 10,7%) na produtividade e, assim, a atual safra de milho deve crescer, nas previsões da CONAB, cerca de 0,7% sobre a safra passada e, assim, chegar aos 51,383 milhões de toneladas.
Essa produção, se confirmada, vai proporcionar a segunda maior colheita de milho de todos os tempos – só superada pela produção de 2008 (58,652 milhões de toneladas) e superando, ainda que ligeiramente, os 51,369 milhões de toneladas de 2007.

Mesmo assim há senões. E o principal deles refere-se ao fato de o aumento previsto estar todo sustentado na safrinha – uma safra de risco, pois sempre dependente dos caprichos da Natureza. E, infelizmente, isso vem de longe, não é de hoje.

Considerados os números projetados pela CONAB, a produção total de 2010 deve ser cerca de 62% maior que a alcançada dez anos atrás, em 2000. Só que, nesse lapso de tempo, a safra principal registra aumento de apenas 16,8% (cerca de 1,75% ao ano), o que significa dizer que o aumento global registrado se deve essencialmente à safrinha, cuja produção apresenta uma variação, ponta a ponta, de 384%.

Detalhe a acrescentar é que nesse mesmo período a produção brasileira de carne de frango – continuamente crescente e sem apresentar os altos e baixos da produção de milho – quase deve dobrar e apresentar (projeções da Assessoria de Gestão Estratégica do MAPA) expansão próxima de 95%. E um setor com essa dinâmica e que tem no milho seu principal insumo não pode ficar indefinidamente dependente de safras de risco - que, neste ano, pode equivaler a 55% da safra principal. 

Uma política para o milho é mais do que necessária.

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Fonte: AviSite

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