Presidente da Abimilho defende redução do preço mínimo do grão
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), Nelson Kowalski, defendeu nesta quinta, dia 11, a redução do preço mínimo do grão, usado como referência para apoio à comercialização pelo governo e que também serve de parâmetro em relação às dívidas dos produtores. O atual Plano Safra estipulou o preço mínimo do milho em R$ 13,98 (saca de 60 quilos em Mato Grosso).
O raciocínio de Kowalski é de que, com o preço menor, o produtor se sinta desestimulado a plantar, reduzindo, assim, a oferta do produto no mercado.
— Há espaço para redução — afirmou.
Ele não quis indicar, porém, quanto deveria ser esse valor de referência, alegando que poderia se desgastar com os produtores.
No último dia 25, a Agência Estado apurou que o Ministério da Fazenda pressionará o Ministério da Agricultura a reduzir, ainda este ano, os preços mínimos de alguns produtos cujos valores de referências são considerados elevados na comparação com as cotações de mercado. Se isso ocorrer, será a primeira vez que se verificará uma redução do preço mínimo, desde a criação do instrumento. O milho está na lista da Fazenda, ao lado de trigo e feijão.
De acordo com o presidente da Abimilho, as exportações do setor recuaram 80% do auge da crise financeira internacional, em setembro de 2008, até um ano depois.
— Esperamos que China e Irã reaqueçam o mercado com a recomposição de estoques, pois o mercado interno não comportará a oferta de produto — avaliou.
Kowalski conversou com jornalistas ao chegar ao Ministério da Agricultura, para participar da Câmara Setorial de Milho e Sorgo.