Milho em MT: falta de chuvas deve comprometer produtividade do milho safrinha
Por conta disso, os produtores do Centro-Oeste, mais especificamente de Mato Grosso - podem enfrentar em breve, por exemplo, períodos de 20 dias secos. A safrinha é mais importante para o número final da produção de grãos em Mato Grosso do que no Paraná. Se as previsões se confirmarem, o estado que aposta no cereal como a mais importante cultura de inverno pode ter que revisar para baixo suas contas em relação à colheita, estimada hoje em 9 milhões de toneladas – 33% mais que os agricultores paranaenses produzem no verão, época mais favorável à cultura
O estado de alerta é inevitável também porque os registros pluviométricos em algumas regiões do estado são medíocres. As informações são de que em algumas regiões já não chove, acima dos 10 mm, a mais de 25 dias. Desse modo, a umidade do solo atinge patamares preocupantes (abaixo dos 40 mm). Essa situação põe em risco a produção de milho safrinha, uma vez que 35% das lavouras se encontram na fase de florescimento e 22% em enchimento de grãos.
Essas fases são extremamente suscetíveis ao déficit hídrico. Portanto, uma seca dessas já ocasiona perdas irreparáveis à produtividade, sendo relatadas quebras em torno dos 20%, até agora. E além do tempo seco outro fato que chama a atenção são as altas temperaturas observadas nos últimos dias, em torno dos 30 graus centígrados de máxima e 20 a 21 graus centígrados durante a noite.
E essas temperaturas elevam as taxas de evapotranspiração, reduzindo rapidamente a umidade do solo. Para piorar ainda mais, não há previsão de chuvas que possam reverter esse quadro nos próximos 15 dias. Desse modo, as quebras serão inevitáveis, e a produção estimada terá que ser revisada para baixo.
Paraná
No Paraná, apenas a região do extremo norte é que apresenta baixos teores de umidade do solo, enquanto que, no restante do estado os índices permanecem acima dos 80%, dando condições ideais ao desenvolvimento das lavouras de milho safrinha. Contudo, as tempestades ocorridas nos últimos 4 dias vieram acompanhadas de fortes rajadas de vento, o que ocasionou o acamamento de diversas lavouras, como em Marechal Candido Rondon, onde os ventos atingiram os 134 km/h, arrasando não só as plantações como casas e demais edificações. E como grande parte dessas lavouras estava em fase de pré-florescimento será difícil que elas se recuperem. Mas são fatos isolados e que não devem comprometer a produção estadual.
Para os próximos 10 dias, o tempo deverá permanecer aberto com possíveis pancadas de chuva em pontos isolados, mas essas chuvas não deverão trazer
transtornos aos produtores.
São Paulo
Em São Paulo a situação é bem semelhante ao Paraná, pois os solos continuam apresentando boa reserva hídrica, o que mantém as condições bem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, uma vez que 12% das lavouras estão na fase de florescimento e 8% em enchimento de grãos. Até o momento, não estão sendo observadas anomalias que possam comprometer a boa produtividade das plantações. Como os próximos cinco dias ainda há previsão de chuvas para a região sul do estado, maior região produtora, as condições se manterão inalteradas durante esse período. As informações partem do Boletim Somar de Meteorologia.
2 comentários
Milho fecha 2ªfeira recuando na B3 após ritmo de negócios cair na semana passada
Exportação de milho segue abaixo de 2023 e mercado se preocupa com volume final embarcado
Futuros do milho seguem contabilizando perdas nesta segunda-feira
Milho abre a 2ªfeira recuando em Chicago após ganhos da semana passada
Radar Investimentos: Preços mais atrativos para produtores fizeram com que as negociações avançassem no mercado spot de milho no PR
Milho/Cepea: Preços sobem pela quarta semana consecutiva
Moises Eliel Grubert Maracaju - MS
BOM, DESDE QUE CONHEÇO MEU AVÔ E MEU PAI, TAMBÉM SEMPRE SOUBE, COMO MUITOS DIZIAM... NO ESTADO DE MATO GROSSO, SÃO 6 MESES DE CHUVA E SEIS MESES SECOS. PARA SE PRODUZIR UMA SEGUNDA SAFRA COM SEGURANÇA, DEVERIAM CULTIVAR SOJA COM 90 DIAS DE CICLO E MILHO COM 90 DIAS TAMBÉM. O QUE OS PRODUTORES DEVEM ENTENDER, É QUE OS ULTIMOS 2 ANOS FORAM "ATÍPICOS" NO MT, POR ISSO HOUVE SAFRINHA BOA. NO MAIS QUALQUER UM QUE PUXE A MÉDIA HISTÓRICA PLUVIOMÉTRICA DO ESTADO VAI VER QUE MAIO E JUNHO JÁ SÃO MESES QUE NÃO OCORREM CHUVAS. MEU PALPITE É: DEIXEM PARA JOGAR COM SORTE NA MEGA SENA, NÃO NA AGRICULTURA. ESTÁ AI O MOTIVO DA QUEBRA.
Hilário Casonatto Lucas do Rio Verde - MT
MATO GROSSO TORRA COM O CLIMA MUITO QUENTE . COM MÉDIA 22 DD SEM CHUVAS , DIFICILMENTE ALCANÇAREMOS 7,5 MILÕES DE TONELADAS DE MILHO SAFRINHA , MENOR DESPEZA PARA O GOVERNO ESCOAR A PRODUÇÃO