INTERNACIONAL: China pode comprar 500.000 toneladas de milho dos EUA dando suporte aos preços
Publicado em 29/04/2010 16:13
As cotações do milho continuam avançando em Chicago. Nesta quinta-feira, representantes de indústrias chinesas afirmaram que a compra de 115.000 toneladas do grão dos Estados Unidos de ontem (28) foi apenas o início de uma série de importações.
A China, o segundo maior consumidor de milho do mundo, pode comprar cerca de 500.000 toneladas este ano, tornando se uma compradora mundial pela primeira vez em pelo menos oito anos. “A demanda está crescendo mais rápido do que a produção, e a China se tornará uma importadora global. Isso é um fato consumado”, diz Jay O’Neil, do Programa Internacional de Grãos da Universidade do Kansas, nos EUA.
O rápido crescimento econômico da China tem feito com quem os produtores não consigam mais atender ao rápido aumento da procura por milho, que é um produto usado em largas escalas para a produção de ração. A alta demanda por ração se dá pelo aumento dos estoques nos setores de laticínios, suínos e aves, segundo informações do Conselho de Grãos dos Estados Unidos. “Nós antecipamos que a China seria uma importadora de milho e produtos derivados vindos dos Estados Unidos de longo prazo”, disse Rick Fruth, do Conselho de Grãos.
Além do milho, a China também aumentou suas compras de um produto conhecido como grãos secos destilados com solúveis, ou DDGS, um subproduto da produção de etanol de milho usado na alimentação de animais, também proveniente dos EUA. Na última terça-feira, os chineses compraram uma carga extra de DDGS.
Problemas climáticos
A produção na China, maior produtora de milho depois dos Estados Unidos, pode ser prejudicada pelo segundo ano por conta do atrasado no plantio de suas culturas gerado pelo frio e pela chuva.
Além disso, por problemas causados por uma forte seca que atingiu o país, o mercado chinês de milho dá sinais de baixas nos estoques, segundo informou o Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção do país asiático caiu de 165,9 milhões de toneladas da safra passada para 155 milhões da safra 2009/2010.
A China estava suscetível a importar mais milho este ano, no entanto, os volumes exatos ainda não foram definidos. As especulações, no entanto, colaboraram para um avanço nas cotações do milho, que já apresenta uma alta mensal de US$3,70 por bushel.
Os comentários foram repercutidos pelo presidente da Bunge – líder em processamento de safras – que afirmou que a China, no entanto, pode revelar-se um comprador relativamente pequeno.
Mais carregamentos
O diretor de operações internacionais da USGC (órgão de pesquisa geológica dos Estados Unidos) disse que “enquanto a demanda da chinesa continua aumentando ao mesmo tempo em que o crescimento econômico e urbanístico do país, é provável que o país invista mais ainda em importações como forma de manter o equilíbrio entre oferta e demanda e evitar a falta”.
No entanto, fontes do Conselho de Grãos dos EUA divulgaram que a China pode negociar mais seis cargas adicionais de milho norte-americano para logo, o equivalente a um volume entre 250 e 350 mil toneladas, que ainda não foram divulgadas oficialmente pelo sistema de exportações dos Estados Unidos.
Com informações da Bloomberg e do Agrimoney
Tradução: Carla Mendes
A China, o segundo maior consumidor de milho do mundo, pode comprar cerca de 500.000 toneladas este ano, tornando se uma compradora mundial pela primeira vez em pelo menos oito anos. “A demanda está crescendo mais rápido do que a produção, e a China se tornará uma importadora global. Isso é um fato consumado”, diz Jay O’Neil, do Programa Internacional de Grãos da Universidade do Kansas, nos EUA.
O rápido crescimento econômico da China tem feito com quem os produtores não consigam mais atender ao rápido aumento da procura por milho, que é um produto usado em largas escalas para a produção de ração. A alta demanda por ração se dá pelo aumento dos estoques nos setores de laticínios, suínos e aves, segundo informações do Conselho de Grãos dos Estados Unidos. “Nós antecipamos que a China seria uma importadora de milho e produtos derivados vindos dos Estados Unidos de longo prazo”, disse Rick Fruth, do Conselho de Grãos.
Além do milho, a China também aumentou suas compras de um produto conhecido como grãos secos destilados com solúveis, ou DDGS, um subproduto da produção de etanol de milho usado na alimentação de animais, também proveniente dos EUA. Na última terça-feira, os chineses compraram uma carga extra de DDGS.
Problemas climáticos
A produção na China, maior produtora de milho depois dos Estados Unidos, pode ser prejudicada pelo segundo ano por conta do atrasado no plantio de suas culturas gerado pelo frio e pela chuva.
Além disso, por problemas causados por uma forte seca que atingiu o país, o mercado chinês de milho dá sinais de baixas nos estoques, segundo informou o Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção do país asiático caiu de 165,9 milhões de toneladas da safra passada para 155 milhões da safra 2009/2010.
A China estava suscetível a importar mais milho este ano, no entanto, os volumes exatos ainda não foram definidos. As especulações, no entanto, colaboraram para um avanço nas cotações do milho, que já apresenta uma alta mensal de US$3,70 por bushel.
Os comentários foram repercutidos pelo presidente da Bunge – líder em processamento de safras – que afirmou que a China, no entanto, pode revelar-se um comprador relativamente pequeno.
Mais carregamentos
O diretor de operações internacionais da USGC (órgão de pesquisa geológica dos Estados Unidos) disse que “enquanto a demanda da chinesa continua aumentando ao mesmo tempo em que o crescimento econômico e urbanístico do país, é provável que o país invista mais ainda em importações como forma de manter o equilíbrio entre oferta e demanda e evitar a falta”.
No entanto, fontes do Conselho de Grãos dos EUA divulgaram que a China pode negociar mais seis cargas adicionais de milho norte-americano para logo, o equivalente a um volume entre 250 e 350 mil toneladas, que ainda não foram divulgadas oficialmente pelo sistema de exportações dos Estados Unidos.
Com informações da Bloomberg e do Agrimoney
Tradução: Carla Mendes
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Fonte:
Redação NA
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