MT: estiagem leva seis sacas de milho/ha

Publicado em 11/05/2010 13:28
Com regiões há 40 dias sem uma gota chuva, Mato Grosso já perdeu, no último mês, cerca de seis sacas de milho por hectare. O impacto na produção aparece no último levantamento da Companhia Na­­cional de Abastecimento (Co­­nab). E as perdas podem aumentar. As previsões meteorológicas são de pouca chuva para o estado do Centro-Oeste nos próximos 15 dias.
A produtividade prevista caiu de 4,7 mil quilos (79 sacas) para 4,4 mil quilos (73 sacas) por hectare. Com isso, a estimativa de produção teve de ser reduzida em praticamente 1 milhão de toneladas. Mesmo assim, as 7,9 milhões de toneladas de milho esperadas representam volume 4,7% maior que o do ano passado – a área plantada cresceu 19%, para 1,8 milhão de hectares.
É certo que Mato Grosso não vai alcançar a produtividade surpreendente do ano passado, de 5 mil quilos por hectare na safrinha. Em Sorriso, por exemplo, tem chovido 5% do esperado.

A seca afeta a produção mas não reduz a superoferta, que mantém os preços abaixo de R$ 10 a saca em Mato Grosso e de R$ 14 no Paraná. Também não derruba a previsão de recorde nacional, com safra acima de 146 milhões de toneladas, considerando 14 grãos. No entanto, devolve ao Paraná o posto de líder nacional na produção de grãos no ciclo 2009/10. A desvantagem paranaense era de 123 mil toneladas, segundo o mais recente relatório da Conab.
A queda na produção de milho estava clara nas previsões climáticas. O meteorologista Renato Luiz Lazinski, do Instituto Nacional de Me­­teorologia (Inmet), que detalhou esse quadro três semanas atrás, diz que só chuvas isoladas vão chegar às lavouras de Mato Grosso nas próximas duas semanas.

Em sua avaliação, esse é um sintoma do fim do fenômeno El Niño e da entrada da La Niña, com o resfriamento das águas do Oceano Pacífico. As chuvas de verão pararam mais cedo do que o normal. Boa parte das lavouras está na fase de formação das espigas, quando a umidade é essencial.
As perdas são maiores que as previstas pela Conab, informa o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), que um mês atrás tinha números mais otimistas que os da companhia. Os técnicos do ór­­gão, ligado à Federação da Agri­cultura de Mato Grosso (Fa­­ma­to), dizem que a quebra chega a sete sacas por hectare. O recuo na produtividade é de aproximadamente 10% em relação aos números de um mês atrás e de 15% se considerada a segunda safra de milho de 2009.
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Fonte:
Gazeta do Povo

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