MT ofertará 60% do total do milho a ser leiloado

Publicado em 19/05/2010 09:33 e atualizado em 19/05/2010 19:49
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou o leilão do milho em Mato Grosso dividido em 6 regiões, duas ao Norte, Centro-Sul, Sul, Leste e Oeste. A reivindicação feita pelos produtores do Estado foi acatada pelo Mapa devido à extensão territorial que implica em diferentes preços de frete. O primeiro leilão será na próxima terça-feira (25) e vai comercializar 600 mil toneladas da produção mato-grossense, 60% do total leiloado em todo o país, de 1 milhão de toneladas.

A priorização do Estado é em virtude da falta de espaço para o armazenamento da produção, visto que há quase 3 milhões de toneladas nos silos de estoque da safra passada que ainda não foram escoados. O Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) foi modalidade escolhida pelo Mapa, que paga o diferencial entre o preço de mercado e o preço mínimo, estipulado em R$ 13,80 para que o comprador retire o milho do local de produção, evitando a estocagem. O preço inicial do leilão este ano varia de R$ 2,52 a R$ 6,84.

A realização do leilão antes da colheita do grão, que deve iniciar nas próximas semanas, é para que a produção retirada da terra seja encaminhada diretamente para os destinos e não fique parada no Estado. O estoque que sobrou da safra anterior se acumulou porque a produção em outras regiões, principalmente no Nordeste, foi superior ao esperado. A comercialização do grão é feita pelos produtores, que poderão leiloar até 10 mil sacas por CPF, ou seja, cada produtor poderá comercializar até 600 mil kg de milho.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, o PEP foi a melhor opção, uma vez que ele pode ser limitado evitando grandes comercializações por poucos. "Para nós foi a melhor escolha, agora é preciso controlar como as transações serão feiras". Podem participar dos leilões avicultores, suinocultores e fabricantes de ração e de insumos, indústrias de alimentos e comerciantes estabelecidos nas regiões Nordeste e Norte (exceto os estados de Rondônia e Acre), no Espírito Santo e no Norte de Minas Gerais.

Próxima safra da soja - Devido às perdas na produtividade da soja na safra 2009/2010 em virtude da ferrugem asiática, da seca no final de 2009 e ao excesso de chuva no início de 2010, os produtores rurais não devem antecipar o plantio da safra 2010/2011. A soja superprecoce colhida no início deste ano por causa do plantio antecipado causou prejuízos aos produtores. O plantio da soja em 2009 teve início em setembro em algumas regiões do Estado e as expectativas de uma superprodução ficaram frustradas. Em relação à safra 08/09, a perda foi de aproximadamente duas sacas por hectare. Para Glauber Silveira, a experiência pode conter o impulso dos produtores. "O produtor está mais precavido e não deve repetir os erros da antecipação". A soja super precoce chegou a ser colhida em dezembro, por alguns produtores, sendo que o normal é começar a colheita em fevereiro.

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Fonte:
Gazeta Digital

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