Estiagem ainda preocupa produtores de milho safrinha em MT e GO

Publicado em 21/05/2010 07:31 e atualizado em 21/05/2010 14:19
Apesar das chuvas registradas na semana retrasada os solos ainda continuam apresentando baixa umidade, o que vem preocupando tantos os produtores como toda a cadeia da commodity. Pois como não foram registradas chuvas na semana passada as lavouras de milho voltaram a sentir os efeitos da seca e das temperaturas elevadas e com isso, as perdas já ultrapassam dos 10%, com estimativa de quebras de 11,1%, segundo os modelos de penalização da Somar Meteorologia. E a região mais afetada continua sendo a região médio-norte, cuja produção representa 47,7% da produção estadual.

E a situação poderá se agravar ainda mais nos próximos dias, uma vez que 76% das lavouras estão nas fases de enchimento de grãos e maturação e não há previsão de ocorrência de chuvas durante os próximos 10 dias. Em contrapartida, essa condição de tempo mais firme está favorecendo o processo de maturação e algumas lavouras de ciclo precoce já estão aptas a serem colhidas. Desse modo, essas lavouras já começaram a ser colhidas nos próximos dias.

Em Goiás a situação das lavouras de milho safrinha continua bem semelhante ao do Mato Grosso, pois a mesma estiagem que atinge MT também prejudica os produtores de Goiás, onde as quebras já ultrapassam os 11%. Assim, as estimativas de produção feitas anteriormente e que estimavam uma safra recorde deverá ser revisada para baixo, nos mesmos moldes do MT. E segundo as previsões meteorológicas, não há indicativo que ocorram chuvas volumosas e generalizadas nos próximos 10 dias, que possam reverter esse quadro. Assim os solos que já estavam com uma umidade abaixo dos 30% irão, nos próximos dias, perder ainda mais água, agravando mais a situação.

No estado de Mato Grosso do Sul existem duas situações bem distintas, pois os solos da região centro-sul possuem boa reserva hídrica, devido às correntes chuvas que vêm sendo registradas nessa região, já na parte norte do estado a situação é igual ao MT e GO, pois em algumas regiões a estiagem já dura mais de 40 dias, só que como 66% da produção do estado está na região centro-sul as perdas gerais do estado serão mínimas.

Paraná - A colheita do milho safrinha já se inicia no estado, sendo primeiramente colhidas as lavouras de ciclo superprecoce e precoce. E até o momento, apenas 2% das lavouras já foram colhidas e a tendência é que continuem num ritmo lento nas próximas duas semanas, pois o percentual de lavouras aptas a serem colhidas ainda é bem baixa (5%). Somente no inicio de junho uma boa parte das lavouras estarão aptas a colheita, já que 45% das lavouras encontram-se, hoje, na fase de frutificação. E como estão ocorrendo chuvas regularmente nas principais regiões produtoras, os solos continuam apresentando boa umidade, o que dá suporte para um bom desenvolvimento das plantas e uma excelente estimativa de produção.

No entanto, como estão previstas a ocorrência de fortes chuvas e rajadas de vento que podem ultrapassar os 80 km/h, poderá haver fortes prejuízos as lavouras de milho safrinha, mas essas perdas serão localizadas e muito pontuais.

São Paulo - As lavouras de milho safrinha do estado de São Paulo continuam bem semelhantes a do Paraná, pois na região sul e sudoeste de SP, maiores produtoras, os solos ainda apresentam boa reserva hídrica, o que mantém as condições bem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, uma vez que 34% das lavouras estão na fase de florescimento e 30% em enchimento de grãos. E até o momento, não estão sendo observadas anomalias que possam comprometer a boa produtividade das plantações.

E como estão previstas chuvas para os próximos dias e essas poderão vir intensas e com fortes rajadas de ventos, as lavouras poderão ser prejudicadas. Desse modo, nos próximos boletins serão comentados tais impactos.

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Só Notícias

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