MS: Estado tem fraco desempenho no terceiro leilão de milho da Conab
Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Corrêa Riedel, o valor do prêmio oferecido aos compradores pelo Governo Federal ainda não torna o milho produzido no Estado um produto atrativo. O dirigente também defende a necessidade de alteração na tributação do milho. “É preciso que o Estado isente o produto negociado no PEP”, defendeu o dirigente
O prêmio que caracteriza os leilões do PEP é um valor estabelecido como incentivo considerando a logística de escoamento do produto. Atendendo a demanda da Famasul e da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS), na semana passada o Ministério da Agricultura (Mapa) concordou em dividir MS em duas regiões, estabelecendo para a saca de 60 quilos incentivos de R$ 5,52 para a Região 1 e de R$ 4,62 para a Região 2, respectivamente. No entendimento da Famasul, o milho produzido no Estado seria competitivo com valores de R$ 6,12 e R$ 5,62, respectivamente. Mato Grosso, por exemplo, está dividido em seis regiões, com valores de PEP que chegam a R$ 6,36.
Este foi o terceiro leilão via PEP realizado pela Conab este ano. De um milhão de toneladas de milho colocadas à venda, 911 mil foram comercializadas. Em MS, do total de 80 mil toneladas, 58 mil foram vendidas. Resultado um pouco melhor que o dos certames anteriores, quando foram vendidos 13 mil e 55 mil toneladas do produto. Além da divisão do Estado em duas regiões com prêmios distintos, a redução da alíquota de ICMS de 12% para 3,9% alimentaram a expectativa de que o pregão de hoje fosse ter um resultado mais positivo.
Até o final do ano, a Conab vai realizar outros nove leilões de milho, uma operação que visa tirar do mercado 12 milhões de toneladas do produto. A expectativa é de que, nos 12 leilões programados para este ano, 1 milhão de toneladas de milho produzido no Estado seja exportado. Com os pregões, a Companhia quer liberar os armazéns para a estocagem do milho safrinha, com previsão de safra de 2,7 milhões de toneladas em MS.