Mapa fiscaliza lavouras de milho transgênico no MS

Publicado em 30/06/2010 09:01
Lavouras de milho transgênico de Mato Grosso do Sul estão sendo fiscalizadas por técnicos do Ministério da Agricultura. O objetivo é verificar se as regras para o plantio estão sendo respeitadas.

O milho cobre boa parte dos campos em Mato Grosso do Sul. O Estado está entre os maiores produtores do país na safra de inverno. A estimativa da Superintendência Federal de Agricultura é de que cerca de 50% da área plantada seja transgênica.

É justamente para saber se os produtores estão seguindo a risca todas as normas de plantio geneticamente modificado que o furgão do Ministério da Agricultura visita as fazendas.

Em cada propriedade, o fiscal federal agropecuário faz o teste na lavoura. A folha é mistura a uma solução que aponta se a proteína da planta é geneticamente modificada. O resultado sai em cinco minutos.

Isso é feito apenas para identificar com precisão as lavouras fiscalizadas. Depois, o GPS demarca o lugar.

Toda essa tecnologia é usada para ajudar o produtor rural a cumprir uma norma que existe desde 2007, que determina o espaçamento necessário entre a lavoura de milho convencional e a lavoura de milho transgênico do vizinho.

Quando uma lavoura de milho transgênico faz divisa com outra que tem milho convencional o produtor deve respeitar a distância mínima de isolamento de cem metros. Se isso não for possível, o proprietário do milho transgênico deve fazer uma borda com 20 metros onde tenha pelo menos dez linhas de milho convencional. As medidas são tomadas para evitar o cruzamento de pólen, mas, principalmente, para respeitar o agricultor que não optou pela semente geneticamente modificada.

“Com isso, estaremos garantindo para o agricultor vizinho que, se planta milho convencional, ele possa vender como milho convencional. Se a gente não fizer isso, o vizinho que planta o milho convencional do lado de quem planta milho transgênico, vai ter que vender o milho como transgênico”, explicou o agrônomo Rodrigo Pita.

Das cem propriedades escolhidas pelo Ministério da Agricultura, sessenta foram fiscalizadas até agora e seis foram autuadas. Depois de tudo registrado, como o local das plantações e o tipo de milho, o agricultor recebe um documento que comprova a fiscalização.

O agricultor Osório Stralioto plantou 300 hectares de milho. Mais da metade da área com o grão transgênico. Ele cumpriu todas as regras. “Eu acho importante essa fiscalização porque traz um conforto para nós os produtores. Nós buscamos novas tecnologias, mas com segurança. Segurança interessa a nos produtores também porque nós precisamos de uma rentabilidade", falou.

A multa para quem desrespeita as normas de biossegurança pode chegar a R$ 60 mil.

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Fonte:
Globo Rural

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